EMANCIPAÇÃO DA SEXUALIDADE
Felipe Henrique dos Santos
Acadêmico do Curso de Fisioterapia
Bolsista membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB)
Coordenadora: Prof.ªDra. Cláudia Bonfim
felipe_.hs@hotmail.com
Acadêmico do Curso de Fisioterapia
Bolsista membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB)
Coordenadora: Prof.ªDra. Cláudia Bonfim
felipe_.hs@hotmail.com
BONFIM, C. DESNUDANDO A
EDUCAÇÃO SEXUAL. Campinas, SP:
Paripus, 2012. 144 p.
A autora, é pós-doutora em Educação na área de
História da Educação, Cláudia Bonfim é Licenciada em Biologia pela
Faficop/Uenp, onde também se especializou em Metodologia e Didática do Ensino e
realizou seu Mestrado em Educação, é também Doutora em Educação pela Unicamp,
na área de História, Filosofia e Educação. Atua como professora universitária
na Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco na cidade de Cornélio Procópio, onde
coordena o Curso de Pedagogia e o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e
Sexualidade (GEPES PET MEC FDB). É membro Sociedade Brasileira de Sexualidade
Humana (SBRASH) pela qual possui o título de Especialista em Educação Sexual).
Além do livro resenhado, também é autora do livro “Educação Sexual e Formação
de Professores (2010)” e “A Condição
Histórica da Mulher: Contribuição da Pedagogia Histórico-Crítica na Promoção da
Educação Sexual Emancipatória” e co-autora de outros livros.
A obra, a qual possui 144 páginas, é dividida
em três capítulos, nos quais a autora busca esclarecer o verdadeiro sentido da
sexualidade, a importância da emancipação e as influências da escola e da
família no desenvolvimento sexual de de uma pessoa. Bonfim, utiliza autores
como Freud, Nunes, Louro, Melo e Pacovi, entre outros para embasar seus
escritos.
No capítulo I, Bonfim define as diferenças entre sexo e
sexualidade, sendo sexo a marca biológica de uma pessoa (macho e fêmea,
masculino e feminino), e a sexualidade como toda forma de prazer vivenciada pela
mesma. Neste capitulo, também é explanado a necessidade de uma emancipação para
que a sexualidade possa ser vivida em sua forma mais plena, sem repressão, mas
também, sem libertinagem; além disso, a autora defende a necessidade da
superação da “educação sexual” meramente biologista, que estuda unicamente a
anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutores e ensina sobre DSTs e o uso de
métodos contraceptivos.
No capítulo II, a autora relata a importância de uma escola preparada para orientar e permitir o desenvolvimento saudável do indivíduo; uma escola livre de dogmas e preconceitos patriarcais que pré-estabelecem as tarefas permitidas para meninos e para meninas, bem como, qual cor devem usar, como devem se comportar, que tipo de brincadeira devem brincar, quais esportes lhes são adequados, entre outros fatores que levam a um desenvolvimento engessado e defasado.
No capítulo II, a autora relata a importância de uma escola preparada para orientar e permitir o desenvolvimento saudável do indivíduo; uma escola livre de dogmas e preconceitos patriarcais que pré-estabelecem as tarefas permitidas para meninos e para meninas, bem como, qual cor devem usar, como devem se comportar, que tipo de brincadeira devem brincar, quais esportes lhes são adequados, entre outros fatores que levam a um desenvolvimento engessado e defasado.
Ainda no capítulo II, a autora traz a importância de uma
educação sexual emancipada e traz formas de como se trabalhar isso em sala de
aula, estimulando a reflexão dos alunos por meio de filmes, livros, músicas,
trechos de novelas, entre outros; Claudia Bonfim também chama atenção, para a
importância de uma preparação dos pais em relação à sexualidade, pois grande
parte não sabe como conversar ou lidar com tal assunto e acabam afetando o
desenvolvimento de seus filhos, o que mais tarde resulta em uma sexualidade
enferma.
No capitulo III, o livro nos mostra quão grande é o impacto da
sexualidade no desenvolvimento psicológico de uma pessoa e como os fatores
psicoemocionais afetam na formação da sexualidade podendo torná-la emancipada e
livre, ou afetando-a negativamente. Também aponta a tamanha importância de uma
sexualidade isenta de repressões, na qual a busca de prazer não pode ser
bloqueada ou vista como pecaminosa, porém, também não deve ser moldada de forma
errada tornando-a suja e promíscua; a autora mostra a importância do equilíbrio
para a vivência da sexualidade de forma saudável e emancipada.
De forma geral, a autora busca por meio de seus escritos trazer
a emancipação às pessoas. Bonfim busca alertar para a importância de enxergar
as pessoas como seres humanos completos e indivisíveis, e não apenas em sua
forma biológica, traz também um alerta para necessidade da quebra dos
preconceitos e tabus impostos pela sociedade ainda machista e patriarcal, tais
quais distorcem a visão de sexualidade, fazendo com que a mesma seja reprimida
e vista como pecaminosa. A autora, ainda nos faz enxergar com naturalidade a
sexualidade, sendo está parte integral da pessoa, mas influenciada pela
sociedade e pela cultura. Aponta para a vivência de uma sexualidade saudável,
onde o ato sexual não seja superestimado, onde o toque, o carinho, o beijo, o
abraço e o afeto são também importantes, gerando bem-estar de forma geral, permitindo-nos
desfrutar de uma vida prazerosa e responsável corporal e afetivamente.
A autora utilizou-se do método de abordagem qualitativa e caráter
histórico-bibliográfico, para a coleta de dados foram utilizados materiais como
livros relacionados à sexualidade, pedagogia, filosofia e corporeidade.
Desnudando a Educação Sexual é indicado à todas
as pessoas que desejam viver uma sexualidade plena e livre, sem culpas,
repressão, machismo ou libertinagem, é ideal para quem busca o prazer
acompanhado do equilíbrio; sua linguagem é clara e impactante, seu conteúdo e
rico e edificante. A obra deveria ser utilizada por todos os cursos, pois acima
de discentes, todos são seres humanos, e tal acréscimo geraria um impacto
positivo até mesmo na atuação profissional.
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