sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Resenha do Livro: Dançando na Escola


DANÇA UMA FERRAMENTA PARA CIDADANIA

JANDOZO, Marissa Cacciolari Petrus
Acadêmica do Curso de Educação Física
Faculdade  de Ensino Superior Dom Bosco
Membro do GEPES-PET-MEC-FDB
(Grupo de Pesquisa em Educação e Sexualidade)
Coordenadora: Profa. Dra Cláudia Bonfim


MARQUES, Isabel A. Dançando na escola, 4. ed. São Paulo,SP: Cortez, 2007.
  
Izabel A. Marques, formada em Pedagogia, fez Mestrado no Laban Centre (Londres) e doutorado na Faculdade de Educação da USP. Pioneira no Brasil na sistematização e pesquisa na área de ensino de dança. Tem vasto trabalho que interliga a pesquisa, o ensino e a produção artística no Brasil e no exterior. Assessorou a SME-SP (gestão Paulo Freire), o MEC e a UNESCO na redação de documentos para a introdução da dança no currículo escolar no Brasil e na América Latina. Foi professora da FE-UNICANP, da Universidade Anhembi Morumbi e convidada da ECA-USP. Ministra cursos de pós-graduação em várias universidades do Brasil. Fundou e dirige o Caleido Cia. De Dança, em 1996, com trabalho exclusivo de dança e educação. Autora do livro Ensino de Dança Hoje, em sua segunda edição, pela Cortez Editora. Em 2001, com o poeta Fábio Brazil, fundou e dirige o Caleidos Arte e Ensino, ministrando cursos, prestando assessorias e desenvolvendo trabalhos nas áreas de dança e educação.
O livro aborda indagações sobre como/quem /onde/para quê a dança é oferecida, busca entender se a escola é um local adequado para que seja desenvolvida a dança com comprometimento, amplitude, qualidade, responsabilidade e profundidade.
“A escola é hoje, sem dúvida, um lugar privilegiado para que isto aconteça e, enquanto ela existir a dança não poderá continuar mais sendo sinônimo de “festinhas de fim de ano”” (MARQUES, 2007, p.17)
O ensino de Arte no Brasil tem sofrido consequências, no passado era relacionada ao trabalho manual e também à condição escrava. Sendo que a dança como uma arte trabalhada diretamente com o corpo. Para os seguidores da pedagogia tradicional, os aspectos transformadores e criativos da dança ainda os assustam. Apesar de o Brasil ser um país onde a dança está presente fortemente na cultura, ela é desfalcada no ambiente escolar.
O ensino de dança na escola é muito criticado pelos pais dos alunos (gênero masculino), que tem uma visão pequena de que a dança está ligada a delicadeza, sendo que em nosso pai há muitos grupos de dança, trios elétricos formados por homens.
Outro ponto a ser mencionado é o receio de se trabalhar com o corpo. Sendo a dança ou o próprio corpo, continuam cobertos por um mistério que a sociedade não conseguiu explorá-los, e tão pouco entender seu significado e seu sentido no contexto educacional.
Também podemos apontar certo preconceito voltado para a arte e os artistas na nossa sociedade.
“Arte ainda é em muitos casos sinônimo de excentricidade, de loucura. Uma dança que não seja codificada (como o balé, o flamenco, uma dança popular) para os desavisados, ainda está relacionada à “suruba”, a uma quase libertinagem, á irracionalidade”. (MARQUES, 2007, p.21)

A dança no seu âmbito escolar contribuiria de maneira que os alunos nessa aula pudessem relaxar soltar as emoções, estrvasar os sentimentos, assim a dança se tornaria um meio para esquecer os problemas. Mas ainda são frequentes os trabalhos que visam o trabalho de coordenação motora.
Na dança é possível que o aluno aprenda não só apenas por meio de palavras, mas também através de imagem e movimento. Ela também nos proporciona sermos presentes, crítico e participantes na sociedade atual.
Nas aulas de dança mesmo que inconscientes aqueles que não atendem a expectativas podem transformar essas aulas em verdadeiros campos de concentração. Por outro lado, também podemos criar uma visão crítica, experimentada e vivida sobre a sociedade e suas relações com o modo, a mídia, a medicina.
A coordenação motora embora seja tratada em dança também poderia ser efetuada por outras áreas de conhecimento, sendo que a especificidade da dança está em tê-la como arte e não como movimento, terapia ou recurso educacional.
“A coreologia nos ensina que dança é, na verdade, uma articulação entre movimento, dançarino, som e o espaço geral” (MARQUES, 2007, p.28)
É preciso levar em conta o contexto social dos alunos para que a partir daí possa selecionar os conteúdos. Com isso o professor passa a mediar os conteúdos para seus alunos estando conectado ao universo sócio-político-cultural.
Dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais é abordado os Temas Transversais, com as possibilidades práticas de trabalho no ensino de dança.
A autora diz que só o próprio corpo já é sinônimo de expressão da pluralidade. Tanto os movimentos corporais, quanto os biótipos deixam em evidências os aspectos sócio-político-culturais.
Outro exemplo para pluralidade seriam as relações espaço-temporais dentro das danças tradicionais e nas produções artísticas teatrais, que expressão e comunicam conceitos e vivências em épocas e espaços geográficos diferentes. Na dança podemos compreender, problematizar e transformar as relações entre etnias, gêneros, idades, classes sociais e religiões dentro da sociedade.
O corpo e a dança estão diretamente ligados, mesmo assim a sociedade impõe tipos de corpos para cada tipo de dança, “os corpos ideais”. É papel de o professor explorar os tipos do corpo existente em cada escola, sendo eles diferentes por seu período histórico, localização geográfica, crenças e valores de uma época ou religião.
As relações de gênero no âmbito da dança no Brasil ainda geram muitos preconceitos, pois nela relaciona-se com o corpo, sentir, emocionar-se, intuir, ter prazer são características humanas que muitas vezes inaceitáveis em uma sociedade machista onde é sinônimo de “coisa de mulher”, “efeminação”, “homossexualismo”.
Por estar diretamente ligada ao corpo e movimento, a dança pode contribuir e muito para a orientação sexual dos adolescentes, deixando à parte a questão do que algumas danças tenham movimentos leves e não ser tão recomendada para meninos. Vejamos o lado do descobrir o corpo por meio dela, quebrar alguns tabus existentes sobre sexualidade, suas transformações até a idade adulta, e a relação de gênero não somente na escola mas também em sociedade.
Dentro do período histórico vivido pela educação, o ensino de arte é confundido com lazer e recreação dentro da escola por ainda ter um longo caminho para ser reconhecida como forma de conhecimento. A partir da LDB 9394/96 e a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o ensino da Arte nos currículos escolares começaram a ser reconhecidas.
Mesmo sendo a teoria e a prática muito distantes, é preciso reconhecer a importância da Arte (dança) como formação de uma nova mentalidade, para que essa realidade mude.
O corpo dentro da dança é um instrumento para a produção artística, o dançarino vai ter seu corpo controlado, adestro e aperfeiçoado, dentro dos padrões técnicos. Dentro desse “corpo instrumento” atrela-se a concepção de “corpo ideal”, aquele aprimorado, controlado, desde a boneca Barbie ao malhador de academia.
            Conclui-se que a dança faz parte de nossa cultura há muito tempo, mas dentro do ambiente escolar já foi muito criticada por ter movimentos caracterizados como femininos. Por isso a necessidade de ser reforçada na escola para quebrar esses tabus, e é com ela que podemos desenvolver a sexualidade, o corpo e a mente de forma subjetiva.
Após a leitura do livro pude perceber que aparentemente a autora baseasse em uma linha teórica Crítica-emancipatória. Na particularidade da obra observamos a dança como uma ferramenta social, tem a finalidade de educar para transformar os alunos em cidadãos críticos sem uma visão reducionista da cultura, do corpo e da mente. 
As idéias presentes no livro são nítidas e coerentes, tendo apoio de outros autores para ter seus próprios argumentos. A autora tem uma visão realista sobre a dança, pois mostra como era tratada a dança desde o período de escravidão até os dias de hoje, falando sobre os auges e declínios da dança dentro do ambiente escolar.
            A obra destinasse para os alunos e pesquisadores da área de pedagogia e licenciatura, e apresenta uma linguagem clara que pode ser entendida por toda a sociedade.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Resenha do livro: Sexo com liberdade


MORA, Leandra Cristina
Acadêmica do Curso de Pedagogia
 Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
GEPES-PET-MEC-FDB
Orientadora/Coordenadora: Profª Dra Cláudia Bonfim
 
MACHADO, Julio César F. Sexo com liberdade. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
            De Julio César Faria Machado, com 151 páginas, em sua 5ª edição, publicado pela editora vozes em 1994 o livro: Sexo com liberdade é um escrito que vem de encontro com a visão equivocada do sexo que temos em nossa sociedade e mostra caminhos de como superar essas visões que em nada ajudam na construção de uma conversa sobre sexualidade que realmente contribua para a boa abordagem do tema. O livro nos traz reflexões em torno da sexualidade dando caminhos de como proceder para ocorrer um ato sexual baseado em uma prática que privilegie os dois e não apenas um em detrimento do prazer do outro, a busca do sexo ideal como diz o autor é fundamental para que haja o prazer dos dois.
 O livro traz também abordagens em torno da afetividade, maturidade, responsabilidade, liberdade e independência, a afetividade podemos dizer que é um ponto muito importante na relação, pois permite que cada ser da relação tenha a devida sensibilidade para conduzir seus rumos enquanto um só. A maturidade vem de encontro com um prazer saudável baseado no crescimento de cada um para suportar os desafios do relacionamento. No tocante a responsabilidade temos de salientar que se os dois não tiverem essa qualidade o relacionamento não seguira a diante, pois não haveria a devida troca de experiências para o futuro do casal. A liberdade também é fator que desenvolve o casal em todos os seus aspectos fazendo com que nenhum se sinta no direito de privar o outro de qualquer atividade ligada ou não ao sexo. A equivalência faz com que o casal seja igual e sem ser permitido a nenhum dos dois a prevalência que se deseja fazer. A independência pode contribuir sobremaneira também segundo o autor, por ser um atributo ausente em muitos casais ela se torna a cada dia mais desejada e nem sempre adquirida.
O autor destaca a educação como fator de desenvolvimento real da sexualidade com liberdade e sem restrições de qualquer espécie. A educação nos permite segundo o autor, ir além na busca do ideal e da tão sonhada, falada e almejada justiça e paz entre homens e mulheres. Uma sociedade onde todos vivencie uma sexualidade plena e gratificante, que nas palavras do autor está ainda um pouco distante, mas algo que não é impossível de se alcançar e que se for buscado a cada dia e com afinco e responsabilidade de todas as partes virá com certeza.
Outro destaque fundamental realizado nesta obra e que nem todos estão preparados educacionalmente para a busca desse ser ideal, ou seja, é fato claro e evidente que ainda temos restrições graves, limitações como diz o próprio autor que nos fazem retroceder em muitos momentos. O sexo dessa forma passa a ser praticado de maneira errônea, com desagrados, amarguras e todo que há de ruim neste momento que por essência deveria ser prazeroso. A cada dia temos que perseguir nossas aspirações na busca por uma prática sexual mais prazerosa e menos dolorida emocional e fisicamente para que não haja rupturas entre o casal.
O livro também se destaca por nos fazer pensar nesse novo modelo sexual baseado e novos homens e novas mulheres capazes de superar as barreiras existentes e perseguirem um ideal que deve ser uma das questões mais caras da nossa vida, pois o que esta em jogo é o nosso prazer e não apenas uma brincadeirinha de criança, claro não diminuindo o valor do brincar.
Com mensagens inovadoras e sem o cunho segregador, o livro vem de encontro as aspirações de nossos casais e de nossas relações sexuais, uma abordagem colaborativa e sem apologia de qualquer natureza. Com falas precisas e sem a égide das ideologias e do falso moralismo presente em nossa sociedade o livro resgata valores e introduz novos significados para a educação muitas vezes machistas que recebemos durante toda nossa história enquanto cidadãos ditos livros, mas que na verdade estão amarrados por uma história e um modelo que exclui. Um dos depoimentos mais marcantes do livro diz respeito a essa educação machista caótica e sem fundamento que recebemos, o depoimento diz: “Agora abri meus os meus olhos a tudo de errado que vinha fazendo, sem ao menos imaginar como aquilo tudo era tão vazio e até imoral. É toda uma ideologia que a pessoa tem e que, de repente, cai tudo por terra. Não acho que devo me sentir culpado quanto aos meus atos, pois é justamente isso que a sociedade nos ensina e espera de nós. Estes novos fatos aprendidos vão contra tudo o que já me foi até então colocado. Só que eles fazem sentido dentro de mim, apesar de estarem muito escondidos e pressionados”. Este é um dos inúmeros depoimentos que o livro aborda e nos faz enxergar uma realidade triste mas que esta presente em nosso dia a dia.
 O autor termina seus relatos e considerações dizendo que sempre é tempo de aprender, de descobrir, de renovar-se, e de como é difícil alguém perceber por si só que a sexualidade humana tem um valor e um propósito bonito e saudável e que basta a cada um de nós perseguirmos esses propósitos para que alcancemos a tão sonhada prática saudável do sexo.
O livro é importante para que possamos refletir sobre os valores e benefícios da sexualidade e do ato sexual com liberdade, assim aprendemos o quanto a nossa sociedade nos faz crer que o sexo na maioria das vezes tem de ser conduzido de maneira errada.    Essa visão machista, moralista e antes de tudo pré-histórica. Enquanto profissional da educação preocupada em inserir uma nova pratica de conversas sobre o ato sexual, consideramos a leitura importante para  possamos abrir nossa mente e de nossos jovens para que eles tenham hábitos e condutas saudáveis durante a prática sexual. Temos que perseguir o ato ideal como aborda o texto para que possamos transformar nossa pratica seguindo os eixos propostos pelo autor.
Indico esta leitura a todos os que estejam preocupados em viver um novo ato sexual com mais liberdade.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

GEPES apresenta trabalho no II Colóquio de Formação de Professores da FDB



À CONVITE DO COORDENADOR DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO, O PROF. LIVALDO TEXEIRA DA SILVA, A COORDENADORA E OS PETIANOS DO GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE - GEPES-PET-MEC-CAPES-FDB, ESTARÃO APRESENTANDO SEUS TRABALHOS NA SESSÃO DE PÔSTER DO II COLÓQUIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES inserido no II SEMINÁRIO DE PEDAGOGIA intitulado:  "A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CENÁRIO PEDAGÓGICO CONTEMPORÂNEO",  A SER REALIZADO NOS DIAS 19, 20 e 21/10/2011, NA SEDE DO CLUBE OPERÁRIO EM CORNÉLIO PROCÓPIO - PR. SEGUE ABAIXO A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO.

19/09/2011 - MESA REDONDA: PÓS MODERNIDADE E EDUCAÇÃO:
Profª Dra Cláudia Bonfim - Sexualidade na Pós Modernidade
Prof. Me. Elson Alves Lima - Educação e Pós Modernidade
Profª Ma. Irene Aparecida dos Santos Scapin - Educação e Pós Modernidade
20/10/2011 - III COLÓQUIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Coordenação: Profª Dra Cláudia Bonfim
Comunicação Oral: Alunas do 8º Período de Pedagogia
Sessão de Pôsteres: Alunas do 8º Período de Pedagogia e GEPES-PET-MEC-CAPES-FDB- Grupos de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Sessão de autógrafos do livro "Educação Sexual e Formação de Professores: da educação sexual que temos à educação que queremos" - Profª Dra Cláudia Bonfim
















sexta-feira, 7 de outubro de 2011

GEPES-PET-MEC no Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana

Os alunos e a Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES – PET – MEC – FDB)  da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco, avaliado, aprovado e financiado Ministério de Educação (MEC) e pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (CAPES), dentro do Programa de Educação Tutorial (PET), coordenado pela Professora Doutora Cláudia Bonfim participaram e apresentaram os trabalhos desenvolvidos pelo Grupo no XIII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana,  realizado de 02 a 05 de outubro de 2011, na cidade de Londrina-PR. Foram  seis trabalhos aprovados do grupo e da coordenadora versando sobre a temática da Educação Sexual. A Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco que já tem ofertado um ensino de qualidade e realizado atividades de extensão, agora também passa a ser referência na área da pesquisa. No congresso também foi lançado o livro "Educação Sexual e Formação de Professores: da educação sexual que temos e que queremos" da Professora Dra Cláudia Bonfim. Os trabalhos do grupo foram destaque entre os participantes que visitaram os trabalhos e parabenizaram a Coordenadora pelo trabalhos desenvolvidos pelo GEPES-PET-MEC-FDB-CAPES. 

Abaixo algumas fotos do evento!







































































































]