Acadêmica do Curso de Pedagogia
Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Bolsista PET-MEC-GEPES- FDB-CAPES
Orientadora: Profa. Dra. Cláudia Bonfim
Resumo:
O
presente artigo é de abordagem qualitativa e caráter bibliográfico.
Fundamenta-se especialmente em Freud, Piaget, Vigotsky, Wallon e
Bonfim, entre outros autores. Objetiva-se compreender a importância que
o brincar tem no desenvolvimento do processo educativo e na construção da
sexualidade da criança. Aponta-se os benefícios que o brincar pode proporcionar
para uma construção sexual qualitativa da sexualidade infantil. Conclui-se que, o
brincar é a necessidade básica para o desenvolvimento intelectual, cognitivo,
afeito e sexual na infância. É no brincar que a criança irá usar de sua
liberdade para se desenvolver, aprender
construir e viver prazerosamente.
Palavras-chave: Brincar
; Desenvolvimento infantil ; Educação Sexual; Sexualidade.
Abstract:
This article is a
qualitative approach and bibliographical. It is based especially on Freud,
Piaget, Vygotsky, and Wallon Bonfim, among others. The objective is to
understand the importance that play has in developing the educational process
and the construction of sexuality of the child. It points out the benefits that
play can provide for a qualitative sexual construction of childhood sexuality.
We conclude that the play is the basic need for intellectual development,
cognitive, and fond childhood sexual. It is the play that the child will use
their freedom to develop, build and learn to live happily.
Keywords: Playing, Child Development, Sexual Education ,Sexuality.
1
INTRODUÇÃO
Este artigo decorre de estudo
é de caráter bibliográfico com abordagem qualitativa, fundamentadas em livros e
artigos científicos, especialmente em Freud, Piaget, Vygotsky, Wallon e Bonfim
entre outros autores que abordam a temática.
O
objetivo geral é entender a importância que o brincar tem no desenvolvimento do
processo educativo e na construção da sexualidade da criança.
Entre os objetivos específicos buscamos conceituar brincar, Educação Infantil,
educação sexual, sexualidade; apresentar os diferentes tipos de brincadeiras;
compreender as fases do desenvolvimento sexual da criança e apontar os
benefícios que o brincar pode proporcionar para uma construção sexual
qualitativa da sexualidade infantil.
A
questão norteadora do presente artigo é : “como o brincar pode influenciar
qualitativamente na construção da sexualidade da criança?”
Partimos
do pressuposto que, brincar é preciso. “É no brincar, e talvez apenas no
brincar, que a criança ou adulto fruem sua liberdade de criação.” (Winnicott, 1975,
p 79.), que é no brincar que a criança tem a liberdade de explora, conhecer e
desenvolver-se. A partir das experiências vivenciadas no estágio em um Centro
municipal de Educação infantil (CEMEI) e juntamente com estudos na área da
Sexualidade, procura-se demostrar como é possível trabalhar o lúdico na
educação infantil para desenvolvimento pleno, saudável e qualitativo da
sexualidade na criança.
Os
Fatores que me levaram a escolha desse tema foram dois: o primeiro foi a
proposta de elaboração de um artigo sobre o brincar na Educação Infantil pela
professora Maria José Fernandes Bertani, na disciplina de Fundamentos da Educação
Infantil e o outro por participar do GEPES PET MEC -Grupo de
estudos e pesquisa em educação e sexualidade, da Faculdade de Ensino Superior
Dom Bosco, onde somos bolsista do Ministério da Educação e da Coordenadoria de
Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior onde
também no planejamento deste semestre consta a exigência da elaboração
de um artigo com o tema da Sexualidade, sendo assim, tive a ideia de fazer a junção dos duas
temáticas partindo do pressuposto que a sexualidade e desenvolvida na criança
desde o momento que ela nasce e que o brincar
é uma maneira de exercitar a sexualidade, e pode de maneira
qualitativa ajudar nesse desenvolvimento, pois como afirma
Bonfim (2010) a sexualidade é tudo que
nos dá prazer, nesse sentido a brincadeira contribui para que a criança se
desenvolva de maneira prazerosa sendo o brincar uma forma de estimular positivamente
o desenvolvimento da sexualidade.
2. CONCEITOS CENTRAIS
2.1.
O que é Brincar?
Para a autora MOYLES (2002,
p.37) “O brincar é o principal meio de aprendizagem da criança [...] A criança
gradualmente desenvolve conceitos de relacionamentos causais, o poder de
discriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e
formular”. É no brincar que as crianças fazem suas interpretações, constroem
seus próprios personagens, exploram os meios em que convivem, criam os seus
próprios mundos, desenvolvem brincadeiras e com isso aprendem a ter autonomia,
inventando regras, modificando regras, decidindo o que e com quem iram brincar.
2.2. O que é Educação Infantil?
A Seção II - Da Educação
Infantil, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996, p. 28 )
define:
Art. 29. A
educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade. Sendo assim é o lugar assegurando
por lei onde a criança terá todas as garantias para o seu desenvolvimento tanto
assistencial como educacional.
Para Kishimoto (1996, p.183), a
Educação Infantil significa:
Um espaço privilegiado para falar de métodos
envolvendo o lúdico. Afinal, dentro do sistema de ensino, a educação infantil,
ou pré-escola como também é chamada por alguns autores, é um dos poucos lugares
onde o lúdico ainda é visto como apropriado, ou mesmo inerente ou natural.
2.3. O que é Educação Sexual?
Pautando-se
em Bonfim (2010, p.73), “a Educação Sexual é antes de tudo, uma prática ou uma
ação de transmissão de conhecimentos, representações, valores e práticas, ou
seja, é essencialmente uma forma de Educação.”
Nunes
(1987, p.30) afirma que:
A educação
sexual é constituída pelo e nos processos culturais contínuos que, desde o
nascimento, de uma forma ou de outra, direcionam os indivíduos para diferentes
atitudes e comportamentos, ligados a manifestação de sua sexualidade. Esta
educação é dada indiscriminadamente na família, na escola, no bairro, com os
amigos, pelos meios de comunicação etc. É a própria evolução da sociedade.
Que determina
os padrões sexuais de cada época e,
consequentemente a educação sexual do indivíduo ( NUNES,1987, p.30).
2.4. O que é sexualidade?
Para Britzman (1998, p.162), a sexualidade está
presente e faz parte da nossa vida, podendo ser vista como “a base da
curiosidade, a força que nos permite elaborar e ter ideias, como o desejo de
ser amado e valorizado á medida que aprendemos a amar e a valorizar o outro”.
Sendo assim entendemos como Bonfim (2010) que a sexualidade é tudo o que nos dá
prazer, ela está presente em nossa vida desde o momento em que nascemos, é uma necessidade básica do ser humano, que não pode
ser dissociada de sua vida.
Especificamente sobre a Sexualidade
Infantil, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p.117) apontam
que:
A
sexualidade infantil se desenvolve desde os primeiros dias de vida e segue se
manifestando de forma diferente em cada momento da infância . A sua vivência
saudável é fundamental na medida em que é um dos aspectos essenciais de
desenvolvimento global dos seres humanos.
Bonfim
(2010) afirma que a criança em geral é reprimida, negada, como se isto anulasse
a sexualidade da mesma e impedisse seu desenvolvimento, isto é o que Chauí (1984, p.77), aponta como repressão
sexual afirmando que:
[...]
um dos aspectos profundos da repressão está justamente em não admitir a
sexualidade infantil e não genital. Essas regras, normas, leis e valores são
definidos explicitamente pela religião, pela moral, pelo direito e, no caso de
nossa sociedade, pela ciência também.
3 COMPREENDENDO O DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA
O
desenvolvimento da criança se da através de um processo relativo, ou seja,
através do contato com seu corpo, ambiente, também se dá através da interação
tanto como os adultos quanto com outras crianças , é por esse contato que elas
vão desenvolvendo laços afetivos , a sensibilidade , criando autoestima , o
raciocínio , o pensamento e iniciando a linguagem .
São varias as concepções e estudos sobre o
como se da e quais são as etapas do desenvolvimento infantil, citaremos a
seguir algumas das principais teorias dos pensamentos de Vygotsky, Wallon,
Piaget e posteriormente apresentaremos as fases do desenvolvimento psicossexual
da criança de Freud 0 a 5 anos.
3.1 O desenvolvimento infantil por
Vygotsky.
Lev Semenovitch Vygotsky
(1896-1934), filho de uma próspera família judia, estudioso nas áreas de
historia, literatura, filosofia e psicologia apesar de sua morte tão prematura ,deixo uma
vasta produção teórica estuda até os dias de hoje na compreensão do
desenvolvimento intelectual das crianças . Segundo este autor o desenvolvimento
das crianças deve-se começar com um entendimento da unidade dialética entre
duas linhas radicalmente diferentes: A biológica e a atual. Para adequadamente
estudar tal processo, é preciso conhecer estes dois componentes e as leis que
governam seu entrelaçamento a cada estagio de desenvolvimento infantil. (
Vygotski, 1991 ). Entendemos que o
indivíduo e moldado através das relações estabelecidas em contato tanto com o
ambiente físico quanto com o ambiente social e as características encontradas
nesses âmbitos. É através dessas características passadas de geração a geração,
que são herdadas as informações necessárias para a construção da percepção do
ser humano, sendo assim determinada de aprendizagem onde se da o processo pela
qual a criança atribui para si os conhecimentos da experiência humana. A partir
do momento em que a criança interage com os adultos e crianças mais velhas,
começa a criar novas formas de lidar com situações que vão decorrendo em sua
vida, criando novas praticas e significados para suas ações. Davis e Oliveira (1994,
p.19)
Vygotsky
apresenta dois níveis para explicar o desenvolvimento infantil:
O nível de desenvolvimento
real explica-se nesse nível que a criança já tem autonomia para fazer coisas
sozinhas, sem envolver a ajuda de outras pessoas. E o nível de desenvolvimento potencial ou
proximal é o inverso, onde a criança necessita de ajuda de outras pessoas para
realização de tal tarefa, assim diz Vygotsky (1991, p.97):
A zona de
desenvolvimento proximal é a distancia entre o nível de desenvolvimento real,
que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o
nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de
problemas, sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros
mais capazes.
Sendo assim a procura da
experiência de uma pessoa para que possa explicar e mostrar como se possa
fazer. Colocando essa situação no âmbito escolar vemos a necessidade em da
criança na procura do professor para esse ensinamento, esta é a questão
principal do desenvolvimento proximal onde o educador tem que promover esse avanço
no rendimento da criança que sozinha não seria capaz.
Vygotsky da ênfase a importância que o
brincar tem no desenvolvimento da criança, principalmente na brincadeira do
faz-de-conta onde a criança cria a capacidade de simbolizar uma realidade
ausente, essa capacidade de representar e saber separar o real objeto de
significado é mais uma fase superada pela criança na construção do seu próprio pensamento.
3.2 O desenvolvimento infantil por
Wallon
Henri Paul Hyacinthe Wallon
(1879-1962), filósofo, médico, psicólogo e político francês, muito conhecido
pelo seu trabalho científico sobre Psicologia do Desenvolvimento. Para Wallon o desenvolvimento
infantil parte das experiências vivenciadas das crianças pelo meio em que vive
pelos aspectos físicos do espaço, pelas pessoas próximas, pela cultura
vivenciada e pela linguagem. Ele então
propôs um estudo que sucede em cinco fases onde explica a formação do
desenvolvimento em relação a cada atividade disponibilização entra a criança e
sua ação pelo meio que esta inserida:
Estágio impulsivo emocional (1°ano de vida): Predomínio
da emoção, fase onde a intensidade nas relações da criança com o ambiente. É
nessa estagio em que são desenvolvidas as primeiras condições sensórias –
motoras tais como pegar, olhar e andar.
Estagio
sensório - motor (aproximadamente entre o
1°ano de vida até o 3°): Exploração do meio físico, fase onde predominam as
relações cognitivas com o meio. É nesse estagio que a criança desenvolve sua a
inteligência pratica de e a capacidade de simbolizar, começa aqui a reconhecer
objetos quando falamos a ela sem apontar ou mostrar.
Personalismo
(aproximadamente dos três aos seis anos de idade): Processo
de formação da personalidade, fase onde se da construção das relações afetivas,
nessa fase em que a criança cria inibições, oposições e autonomia, aspetos
fundamentais para a construção da consciência de si.
Estagio
Categorial (seis anos): Predomínio do
aspecto cognitivo, o interesse da criança esta voltada para o conhecimento do
mundo externo, agora já consegue representar de forma estável e apropriada,
identificando e definindo os objetos.
3.3 O desenvolvimento infantil por
Piaget
Jean Piaget (1869-1980) Psicólogo, filósofo,
biólogo e epistemólogo suíço, acreditava que se estudasse profundamente a
construção das noções fundamentais do conhecimento logico das crianças estaria
desvendando a chave para o entendimento de como se da à evolução do
conhecimento humano. Seus estudos se desenvolveram ao longo de 50 anos. A
teoria piagetiana afirma que o desenvolvimento de uma criança está em um
processo caracterizado por diversas
fases, períodos, estágios ou etapa , sendo elas: a sensório motora; a pré operatória, a operatório concreta e a operatória formal.
Vamos
então falar sobre essas etapas, onde daremos as ênfase as fases que vão de 0 a
6 anos:
Etapa sensória motora (aproximadamente
de zero a dois anos): invenção de novos meios através de combinações mentais. É
nessa fase onde a criança se situa no aqui e agora da situação, que usa de seu
esquema sensório motor para manter relações e conhecer outras pessoas, também é
nessa etapa que a criança começa a ter noção de espaço e tempo. Davis e
Oliveira (1994,p.40).
Etapa
pré-operatória (aproximadamente dois aos seis anos): desenvolvimento da linguagem.
É nessa fase em que a criança começa a desenvolver seu raciocínio lógico, é
considerada egocêntrica centrada em si mesma, onde a criança, tendo um
pensamento rígido sempre levando em conta a aparência, o brincar nessa etapa é
usado para manifestar seus sentimentos, usado de maneira isolada com caráter
exploratório.
Etapa
operatória concreta: (sete aos onze anos aproximadamente): Pensamento
lógico. Etapa onde a o pensamento da criança adquire reversibilidade, ações que
vão tornando-se mais flexíveis, fase caracterizada pelo principio da autonomia
onde a criança passa a resolver problemas concretos. Etapa operatória formal (a partir dos onze anos): O pensamento se torna livre das limitações.
O nível das estruturas cognitivas da criança agora é alto, tornando-a capaz de
desenvolver seu raciocínio logico a todas as problemáticas encontradas.
3.4
O desenvolvimento psicossexual da criança por Freud no ambiente escolar.
Sigmund
Freud (1856- 1939) profissional experiente formado em medicina, neurologista criador
da psicanalise. Conhecidos pelas suas vastas teorias e tratamentos para doenças
mentais , segundo ele, o prazer pelo sexo era um dos sentimentos reprimidos
mais importantes. Em vista disso criou as fases do desenvolvimento psicossexual
da criança que citaremos a seguir
A
rotina encontrada na educação infantil tem uma grande importância no desenvolvimento
da sexualidade da criança.
Práticas
como a alimentação, a parte higiênica, o uso da chupeta entre outros, passam
despercebidos aos olhos de quem diariamente educam essas crianças. Porém a
falta de dialogo ou até mesmo de desconhecimento e percepção nessas praticas
podem afetar negativamente o desenvolvimento da sexualidade infantil.
Para
entendermos como ocorre o desenvolvimento psicossexual da criança estaremos
interligando as fases de Freud com a rotina encontras nos Centros municipais de
educação infantil (CEMEI)
Geralmente
é a partir dos seis messes de idade que as crianças podem estar sendo
matriculadas nesses centros. É nessa
faixa- etária que se denomina a
Fase oral:
Segundo
Nasio (1999), “A boca é a zona erógena preponderantemente
que proporciona ao bebê não apenas a satisfação de se alimentar, mas sobre tudo
o prazer de sugar.” O ato de sucção esta situado no ato do prazer encontrado no
seio da mãe que no ambiente escolar é substituído pelo uso de chupetas, mamadeiras
e o próprio dedo (polegar), que proporcionaram ao bebê o prazer encontrado na sucção.
Por
volta dos do segundo para o terceiro ano de idade, é no ambiente escolar que a
professoras estimulam o abandono das fraldas para q os bebês possam ingressar no maternal para uma nova fase,
denominada a
Fase
anal: controlando os esfíncteres, ou seja, o orifício anal é a zona erógena
preponderantemente que proporciona o prazer na criança quando sente a
necessidade de segurar as fezes e o prazer que vira em seguida quando
expeli-las.
Entraremos
agora em uma fase que seria fase das descobertas do menino e da menina pelo seu
próprio corpo que começa se estender dos três aos cinco anos. Essa fase
denomina-se a
Fase Fálica: ou
período de latência, zona erógena esta
a na manipulação dos órgãos genitais, no menino o pênis e na menina o clitóris,
isso corre ao esbarar em um brinquedo que faça com que a criança sinta esse prazer,
mas esse prazer não possui caráter erótico. Fase onde começaram as perguntas e
curiosidades no ambiente escolar. Nasio (1999,p.63)
4. DESENVOLVENDO A APRENDIZAGEM DA
CRIANÇA E AJUDANDO A CONSTRUIR SUA SEXUALIDADE
Maluf
(2003) afirma que o brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos,
desenvolve habilidades de forma natural e agradável. Ele é uma das necessidades
básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social,
emocional e cognitivo.
A sexualidade infantil é fundamental na
formação da personalidade, pois é uma necessidade básica do ser humano desde o
nascimento. Como já vimos a educação
sexual tem por objetivo a orientação e preparação possibilitando que a criança viva
a sua sexualidade de forma prazerosa, saudável e qualitativa e que sejam bem
vindas suas duvidas, para que possamos esclarece-las ,para que assim saibam se
posicionar , tomar decisões e reconhecer até onde vão seus limites. São em simples atos do brincar de “ casinha “, de
papai e mamãe ,ou no brinquedo como a
boneca ou carrinho , que
perguntas como : De onde nascem os bebês
? , Será que eu posso brincar de carrinho mesmo sendo menina? Será que eu posso brincar de boneca mesmo
sendo menino? . A partir dessas perguntas que os ensinamentos podem ser
passados pela criança, de forma simples chegando a resposta clara e objetiva,
sem rodeios e fantasias.
Ao
entrarmos no assunto, isso é coisa de menina ou de menino, entraremos no
conceito de gênero, ou seja, os comportamentos demonstrados e construídos ao
longo do tempo, e cabe ao professor responder que não importa que tipo de
brinquedo ou brincadeira, todos podemos brincar, é que isso não interfere na
masculinidade do menino e nem na feminilidade da menina.
5
TIPOS DE BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA A PROMOÇÃO DA APRENDIZAGEM
O brincar é o
principal meio de aprendizagem da criança [...]. A criança gradualmente
desenvolve conceitos de relacionamentos causais, o poder de discriminar, de
fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular (DES, 1967;
parágrafo 523 apud MOYLES, 2002, p.37).
Como citamos no decorrer desse artigo que o
brincar desenvolve a aprendizagem é que essa ferramenta é de estrema
importância da educação infantil, iremos ressaltar algumas brincadeiras que
promovem essa aprendizagem tendo em vista a atenção, afetividade, concentração e outras habilidades
psicomotoras:
- Móbiles: destinados à percepção visual, sonora ou motora.
- Quebra-cabeça: destinado a ensinar formas cores.
-Brincadeira de faz-de-conta: a criança aprende a criar simbolos, criar
situações novas, personagens novos, trabalhado o perfeiçoamento da
criatividade.
- Jogos sensoriais: fazer com que as crianças imitem sons de animais de
meios de transportes etc.
- Cantigas de roda :
promovem a musicalização , afetividade e atenção.
O
brinquedo quando assume uma função lúdica são levadas em contas algumas
recomendações:
Função
lúdica: O brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido
voluntariamente e. Função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que
complete o individuo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.
(BOMTEMPO, 1996 p.37)
Compreendemos
então, que o brinquedo e o ato de brincar, ajude a criança manifestar e transpassar
todas os seus sentimentos e
aprendizagem .
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse
trabalho buscamos aprofundar nossos conhecimentos na importância do brincar na
educação infantil, começamos nossa trajetória ao conceituar o brincar. Foi
possível perceber quantos conceitos aparecem ao tentar defini-lo e que além de
ser usado como uma ferramenta para a aprendizagem, pode também contribuir qualitativamente para a construção do
desenvolvimento da sexualidade infantil.
Após
conceituamos outras palavras chaves para um melhor entendimento sobre esse assunto,
passamos mostrar diferentes posições sobre como se dá o desenvolvimento da
criança que nos mostrou como a brincadeira, o brincar, o brinquedo é parte
fundamental nesse processo.
Observamos
que no ambiente escolar, a criança necessita de atenção e percepção dos
professores para ajudar em seu desenvolvimento, pois são nessas brincadeiras
simples, atos simples que vão crescendo avançando demostrando a afetividade, autonomia,
criando e solucionando problemas.
Ao
falarmos sobre a sexualidade infantil, compreendemos a atenção que os
educadores devem ter com seus alunos, criando condições para desenvolver sua
sexualidade de forma prazerosa e qualitativa sem restrições apenas dando as
orientações básicas que serão de extrema importância para o resto de suas vidas.
Conclui-se
então, que o brincar é a parte fundamental na construção do desenvolvimento
integral da criança.
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