quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Resenha do Livro Desnudando a Educação Sexual - Cláudia Bonfim
Stefani
Penha Oliveira
Acadêmica
do curso de Fisioterapia
Voluntária do grupo de estudos e pesquisas em educação
sexual
(GEPES PET MEC FDB)
Cláudia Ramos de Souza Bonfim
Faculdade Dom Bosco
profdraclaudia2009@gmail.com
BONFIM, Cláudia. DESNUDANDO A EDUCAÇÃO SEXUAL. Campinas, SP: Papirus,2012. 144 p.
Cláudia Ramos de Souza Bonfim é professora universitária da Faculdade de
Ensino Superior Dom Bosco (FDB) em Cornélio Procópio, por meio desta, Coordenadora
do curso de Pedagogia e tutora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e
Sexualidade (Gepes), financiado pelo Programa de Educação Tutorial (PET) do
Ministério da Educação (MEC). Já ocupou o cargo de vice-presidente nacional da Associação Brasileira para a Educação Sexual
(Abrades). A mesma é Licenciada em Biologia e Pedagogia, Especialista em
Metodologia e Didática do Ensino, Mestre em educação, Doutora em Educação na área de Historia, Filosofia e Educação
e Estágio Pós-Doutoral e possui título de Especialista em Educação Sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humano, da qual foi membro. Os temas mais tratados pela autora são: filosofia da
educação, sexualidade, educação sexual e dentre outros. Bonfim além desta obra possui mais dois livros individuais publicas sendo eles " Educação Sexual e Formação de Professores: da educação sexual que temos à que queremos"(2010) e "
A obra Desnudando a Educação Sexual conta
com a divisão de três capítulos, somando o total de 144 páginas, com
participações especiais do Prof. César
Nunes e Prof. Ricardo Desidério, acrescentando o prefácio e a apresentação do
livro. Nele, a autora aborda temáticas consideradas tabus na sociedade atual,
principalmente sobre a educação sexual nas escolas, assunto que causa intrigas
diante das comunidades conservadoras e também, alguns conceitos significantes
para o entendimento da didática. Bonfim utiliza como referência, especialmente Louro,
Nunes, Guimarães, Galeano, Silva, Moreno e Freud autores presentes para o
enaltecimento do exemplar.
No capitulo um, a autora defende que
a educação sexual deve estar presente nas escolas deve, pois para o mundo ser
mais humano não se pode tornar um produto social e consequentemente, ser
manipulado, mas sim, a busca pela emancipação de paradigmas afinados,
transmissão de conhecimentos, ou seja, construção de uma sociedade, educar com
a inserção da sexualidade e outras bagagens que a seguem. Exemplifica conceitos
diante de temáticas que causam enorme fervor em sociedades tradicionalistas,
auxiliando para um melhor entendimento ao realizar a leitura, quebrando
paradigmas preconceituosos e incentivando a educação sexual nas escolas.
Ainda, incluem-se no livro orientações
pedagógicas voltadas à temática da sexualidade nas escolas, com interações de
jovens e adolescentes por meio de interesses pessoais sobre o assunto,
individualistas e/ou coletivistas.
No
capitulo dois, o assunto é voltado à família e a sexualidade tratada nas
escolas durante a infância, enfatizando o corpo e suas fases da criança do
nascimento até acima dos dez anos, incluindo aqueles que possuem alguma
necessidade especial. A forma com que as crianças se expressam em ambientes
escolares é restrita, em seus horários de ensino, até mesmo durante o recreio
e/ou em suas casas, impedindo-as de exaltarem suas expressões e sentimentos. Portanto,
muitas das vezes influenciadas por adultos que não possuem intenções de optar
por inserir a sexualidade na educação, significado de uma falha dos
profissionais educadores ou políticos na privação do tema, consequentemente, os
mesmos que deveriam tratar de preconceitos, caráter, maturidade, igualdade
entre homens e mulheres, a autora então, demonstra os meios que os educadores e
pais devem tomar para chegar ao êxito da inserção da educação no ambiente
escolar e familiar.
Por
fim, no terceiro e último capítulo, dá-se a significância da diferenciação da
sexualidade para o erotismo, dentro dos meios de comunicações, confundidas com
o mesmo significado, que são passados para a sociedade, sendo a mesma
aceitando-a. Todavia, sendo este capítulo mais voltado à visão da
conscientização para crianças e jovens diante da sociedade, construída por meio
das mídias sociais, que manipula com seus ideais esta determinada população.
A obra segue uma vertente
emancipatória, se apresentando com resistência aos pensamentos políticos
voltados ao conservadorismo, de que a educação sexual deve ser tratada somente
dentre os meios familiares, demonstrando que os preconceitos e vergonhas
envoltos de educadores devem ser quebrados e a temática da educação sexual
deveria estar inserida nas instituições ensino, pois tratar sobre o tema exige
conhecimento e linguagem adequada.
A autora traz conceituações importantes
como: sexualidade, educação sexual, genitalidade e outros, desmitificando
pensamentos e opiniões que muitas vezes é de enorme discrepância. Com isso,
privilegia a escrita e facilita o entendimento no decorrer da leitura, fazendo
reflexões significativas de palavras que quebram as repressões, tabus,
preconceitos, estigmas diante das famílias e a sexualidade, a última sendo um
fator primordial quando voltada a educação, fazendo com que seus leitores
realizem uma reflexão diante de seus comportamentos.
A obra é pautada em pesquisa
bibliográfica-explicativa e abordagem qualitativa, onde Bonfim transpõe suas
vivências e experiências adquiridas através de sua trajetória profissional e
acadêmica, transpondo leituras bibliográficas de autores renomados diante da
literatura.
É recomendado para aqueles que buscam
informações relacionadas à temática sexualidade e/ou educação sexual, professores
de diversas profissões, pais e para aqueles que possuem interesse no assunto
tratada.
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