sábado, 25 de abril de 2020

Resenha da Petiana Lisandra do livro "Desnudando a Educação Sexual"


ENTENDENDO A SEXUALIDADE

Lisandra Marques de Oliveira
Acadêmica no curso de Psicologia
Bolsista e membro do grupo de estudos e pesquisas em educação sexual
(GEPES PET MEC FDB)

Coordenadora: Prfª. Drª. Cláudia Ramos de Souza Bonfim
lisandramarques93@gmail.com




BONFIM, C. DESNUDANDO A EDUCAÇÃO SEXUAL. Campinas, SP: Papirus, 2012. 144 p.

Cláudia Bonfim, autora do livro resenhado é Pós-Doutora em Educação pela Unicamp, onde também realizou seu doutorado na área de História, Filosofia e Educação, atua como coordenadora do curso de pedagogia e coordenadora do grupo de estudos e pesquisa em educação e sexualidade da faculdade de ensino superior Dom Bosco e coordenadora e tutora do programa de educação tutorial do Ministério da Educação. Mestre em educação e licenciada em biologia pela Faficop/Uenp a autora escreveu outras obras como o livro Educação Sexual e Formação de Professores: Da Educação que temos a Educação que queremos e seu mais recente trabalho A condição histórica da mulher: Contribuição da pedagogia histórico-crítica na promoção da educação sexual emancipatória.
O livro a ser resenhado contém 144 páginas, que se dividem em três capítulos, onde a autora busca significar da maneira mais clara e coerente a sexualidade e sua diferença em relação ao sexo, apresentando as diferentes formas de experimentar a sexualidade e a maneira como pais e professores devem e podem lidar com os adolescentes, quebrando todo tabu e negatividade construída ao longo do tempo sobre o tema. Bonfim utiliza de várias referências bibliográficas, entre estes estão: Nunes, Guimarães, Galeano, Silva, Louro, Moreno e Freud.
O primeiro capítulo, apresenta os conceitos necessários para inicialmente serem compreendidos os termos que serão utilizados no discorrer do livro e a diferença entre eles, como exemplo a diferença do sexo e da sexualidade, Bonfim apresenta nesse primeiro momento a reflexão do ato sexual e da sexualidade e destaca como a mesma é compreendida e como contribui na construção do ser humano em sua totalidade. Aponta também sobre como a sexualidade é abordada em casa, na escola e na sociedade, como a mesma está voltada para uma construção primata e preconceituosa e antes de iniciar o segundo capítulo finaliza com proposta de atividades e dinâmicas para educadores aplicar aos alunos através de músicas, filmes e discussões saudáveis sobre a abordagem.
No segundo capítulo, autora apresenta de maneira mais profunda como a sexualidade é abordada no âmbito escolar e familiar e como os adolescentes começam a conhecer e reconhecer seu corpo e de que maneira as dúvidas chegam até os pais e docentes e se chegam, diante uma barreira que é imposta pela cultura e sociedade, neste capítulo é destacado também, como a escola nega a sexualidade da criança e adolescente, visto que não há idade definida para começar a sexualidade, ou seja, ela nos pertence desde nascemos, assim como é apontado pelas fases de desenvolvimento estudadas por Freud, na qual a autora discorre de maneira explicativa e simplificada.
No mesmo capítulo, a autora aborda a sexualidade de crianças e adolescentes com necessidades especiais, se tratando de um tema polêmico, porém necessário de ser discutido, pois além dos conflitos emocionais que os adolescentes desse grupo sofrem precisam lidar com preconceitos e estigma pela sua sexualidade. Bonfim elabora a compreensão da humanização e subjetividade de cada pessoa, com as suas necessidades de se relacionar afetivamente, o que diz muito sobre a o tema relacionado.
Por fim, no terceiro e último capítulo, a autora apresenta os fatores de influência sobre o nosso comportamento, destaca como o corpo é visto diante a igreja, a ciência e a publicidade, como o sexo é banalizado e de que maneira se torna comercializado, destaca também como a sociedade do consumo tem contribuído cada dia mais no mercado de erotização e como todas essas informações chegam até as casas, às famílias e as escolas e a partir disso como se dá o entendimento equivocado da sexualidade e convida ao leitor a dialogar e discutir sobre esse tema e apontar a importância do mesmo.
            A autora busca emancipar o conceito de sexualidade sob uma visão a qual possa ser compreendida em sua totalidade assim como uma visão bela e prazerosa e além do ato sexual e dessa forma nos leva a refletir como é possível passar adiante essa compreensão e como os pais e professores podem trabalhar com os jovens dentro de uma perspectiva da educação sexual que vai além da prevenção de doenças e gravidez indesejadas.
           Neste sentido, observa-se que o livro trata-se da apresentação de ideias claras e originais trazidas para nosso cotidiano, de maneira que na leitura pode ser realizada uma reflexão sobre a nossa própria sexualidade. Utiliza de método de abordagem qualitativo que a autora emprega de suas pesquisas bibliográficas e experiências vivenciadas como profissional.
A obra é indicada para docentes uma vez que apresenta  formas de trabalhar com discussão em sala, além de apontar uma visão que os mesmo devem ter diante certas vivências em salas de aulas ou na escola, indicada também para os pais para saberem lidar com a sexualidade de seus filhos em etapas e emancipar esse assunto, assim criando uma estrutura de pensamentos hereditários, para os estudantes que tem interesse e também os que ainda não despertaram interesse pela educação sexual, aos que tem interesse para ampliar o conhecimento neste assunto e aos que não tem interesse para despertar o mesmo através da leitura cativante e empolgante do assunto proposto.

Resenha da Petiana Heloísa do livro "Educação Sexual e Formação de Professores: da Educação Sexual que temos à que queremos"


EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO SEXUAL


Heloísa Leal de Carvalho Muller
Acadêmica do Curso de Psicologia da Faculdade de Ensino Dom Bosco
Bolsista membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB)
 
Coordenadora: Prof.ªDra. Cláudia Bonfim
heloisalmuller@gmail.com





BONFIM, C. EDUCAÇÃO SEXUAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: da educação sexual que temos à educação que queremos. João Pessoa: Editora Universitária Da UFPB, 2010. 267 p.

A autora do livro possui o título de pós-doutorado em Educação na área de História e Filosofia, é Licenciada em Biologia, especialista em Metodologia e Didática do Ensino e mestre em Educação, títulos conquistados na Faficop/Uenp. Cláudia Bonfim, ainda, é Doutora em Educação pela Unicamp, na área de História, Filosofia e Educação. Atua como coordenadora geral na Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco em Cornélio Procópio, bem como coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB) na mesma instituição. É autora, também, do livro Desnudando a Educação Sexual, A condição histórica da mulher: Contribuição da pedagogia histórico-crítica na promoção da Educação Sexual Emancipatória, dentre outros estudos.
Esta obra contém 267 páginas, está disposta em três capítulos no qual a autora aborda sobre a problemática da educação sexual, área polêmica de conhecimento cercada por tabus. Nela, a autora elenca e visa romper os preconceitos em torno da sexualidade, vislumbrando-a de maneira mais autêntica, em todas as suas dimensões, de forma a atingir aqueles que buscam um maior entendimento no assunto, através de um conhecimento empírico, baseado em diversos autores, como Saviani, Nunes, Foucault, Freud, Marx, entre outros.
O método utilizado por Cláudia Bonfim, é de abordagem qualitativa e caráter histórico-bibliográfico, valeu-se também de uma coleta de dados com questionários dissertativos e observação, derivada de sua tese de doutorado.
No primeiro capítulo, Bonfim faz uma reflexão histórica e social sobre a sexualidade, passando pela visão biológica, com Darwin, Mendel, até as Ciências Sociais. A autora, através de seus apontamentos revela que, ainda na modernidade, a sexualidade quando é vislumbrada e ensinada, principalmente nas escolas, apenas é em sua dimensão biológica-reprodutiva. Respaldada em outros autores, Bonfim afirma, que sexualidade é fonte de prazer, bem-estar e intimidade, abrangendo toda subjetividade do ser humano, portanto, é necessário a promoção do diálogo, romper com a repressão e opressão sexual que por motivos políticos, econômicos e sociais (classista) empobrece e castra o ser humano.
No segundo capítulo, a autora enfatiza as políticas de formação dos professores frente a educação sexual brasileira que com o colonialismo, o conservadorismo e o regime ditatorial a retardaram. Nas escolas, os conteúdos eram transmitidos por orientadores educacionais e professores de Biologia que devido à carência na sua formação, transmitiam conceitos de forma distorcida.
Essa distorção, segundo Bonfim, teve grandes influências no que se refere a interpretação da vida sexual brasileira, como:  política, religiosa, econômica, médica. Claudia mostra, como a sexualidade no decorrer do tempo foi usada para manter as propriedades e fortunas da elite. No século XVII a visão predominante sobre a sexualidade era de uma pedagogia médico-higienista que surgiu para combate às doenças venéreas, a masturbação e preparar as mulheres para desempenhar o papel de esposa e mãe, robustecendo as desigualdades dos papéis sexuais. 
A Educação no Brasil, com a LDB é elistista, pois separa o trabalho manual do intelectual, já que a escola não visa o desenvolvimento humano e social dos alunos, não o prepara para ser crítico, mas apenas, mais uma “mão de obra”.
No terceiro capítulo a autora, fundamentando-se em estudos filosóficos e antropológicos abordou a questão da necessidade de uma formação consistente com a transmissão de conhecimento metodológico e teórico dos professores acerca da Educação Sexual, para que o mesmo, possa ensinar aos alunos sobre a sexualidade de maneira emancipatória, pautada numa visão crítica e afetiva e singular. Essa visão, segundo Bonfim, possibilita uma mudança no Brasil, que hoje está imerso na banalização sexual, no qual, devido ao capitalismo, que tem o sexo como produto de consumo, para se usar e descartar facilmente.
A autora transmite de forma clara e concisa como a sexualidade deve ser vislumbrada pelos pais e professores: algo íntimo do ser, característica humana, natural e, portanto, deve ser trabalhada com as crianças, com naturalidade e de acordo com sua fase de desenvolvimento.
Segundo Bonfim, as possibilidades de se ter uma Educação Sexual deveras emancipatória poderá ser uma realidade se os tabus e preconceitos enraizados no ser humano forem superados, as visões da sexualidade como um pecado, uma imoralidade, sendo que a sexualidade é a essência da vida.
A autora é clara e objetiva ao dizer que a sexualidade é construída por toda uma vida, não se restringe ao sexo biológico, mas também a identidade de gênero, orientação sexual, a maneira de ser e sentir, os relacionamentos, as interações com o meio a qual cada ser está inserido. Destarte, é relevante a busca pelo diálogo nas escolas e nos lares, sem omissões e proibições moralistas e socioculturais.
O livro é indicado para professores, psicólogos, pais e todas as pessoas que desejam ter conhecimento de si próprio e da história da sexualidade e da educação sexual.

Resenha Petiana Helóisa do artigo "APONTAMENTOS SOBRE OS PRECONCEITOS DE GÊNERO E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL"



PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


MULLER, Heloísa Leal de Carvalho
Acadêmica do curso de Psicologia
Bolsista membro do grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Sexualidade
(GEPES PET MEC FDB)

Coordenadora Prof. Dra. Cláudia Bonfim
Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco
heloisalmuller@gmail.com


BONFIM, C. APONTAMENTOS SOBRE OS PRECONCEITOS DE GÊNERO E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL. Revista Espaço acadêmico, 16 (183), 26-38. Disponível em: www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/32953

A autora pós-doutora em Educação na área de História e Filosofia, Cláudia Bonfim é Licenciada em biologia pela Faficop/Uenp, onde também se especializou em Metodologia Didática do Ensino e realizou seu Mestrado em Educação, é também Doutora em Educação pela Unicamp, na área de História, Filosofia e Educação. Atua como coordenadora geral na Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco na cidade de Cornélio Procópio, onde coordena o Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB).

Este artigo contém 13 páginas, e é dividido em cinco tópicos, no qual a autora vislumbra de maneira clara e concisa a igualdade de gênero e a relevância de uma educação familiar como base para construção de um sujeito sem preconceito de gênero. Cláudia utiliza Lei Maria da Penha e a autores como: Scott, Therborn, Drumont, Werebe, entre outros.

No primeiro item, a introdução, relata-se a questão acerca da desigualdade de gênero e a contempla com um enfoque sócio histórico. De acordo com ela, o condicionamento imposto pela sociedade patriarcal machista sobre as mulheres, a reprimiu, a fez submissa, uma vez que seu papel social consistia em ser “dona de casa”, devendo se dedicar exclusivamente à família e afazeres domésticos. E, embora alguns pensamentos e direitos tenham sido conquistados com o tempo, especialmente graças ao movimento feminista, muitas mulheres ainda não têm verdadeiro acesso ou são amparadas por eles, vez que são assediadas e violentadas das mais diversas maneiras e se calam frente as agressões. Nesse sentido, a educação familiar apresenta-se como base para comportamentos adquiridos em primeira instancia, já que os pais são referência para os filhos e, portanto, podem potencializar o cenário histórico de desigualdades, como o preconceito de gênero.
No próximo item, esclarecimento, Bonfim define que o gênero se constitui das relações sociais, se define historicamente e hegemonicamente, no qual alguns papéis são definidos de forma estereotipada e preconceituosa, consolidando a desigualdade de gênero, afirmando ser cada vez mais relevante ter-se um diálogo crítico sobre essa inferiorização e opressão cultural da mulher pautada na educação dual, sexista e machista.
Nos esclarecimentos legais, o terceiro item, tem-se questões referentes ao amparo feminino legal brasileiro, destaca-se as duas legislações, a Lei “Maria da Penha” e Lei n 11.340/2006, visando a defender as mulheres violentadas. Assim, tipificando os atos criminosos, conscientiza-se as mulheres, para que possam identificar as agressões, bem como aos homens que, por conta de uma educação equivocada, possam reconhecer suas atitudes como invasivas e agressoras.
O item quatro, é destacada a Lei n 13,104 de 2015 que tipifica o feminicídio como crime contra a mulher, pautado na condição de gênero, sendo, pois, um avanço no que se refere à violência contra a mulher.
Aborda-se, ainda, os motivos pelos quais as mulheres se calam frente às agressões, sendo uma das causas os pseudo valores morais internalizados, arraigados pela família, pela religião e pela sociedade em geral, o que aflige seu psicológico, desembocando no silenciamento, na vitimização ou no acovardamento. Juntando isso à falta de um atendimento especializado e humano impedindo a denúncia das agressões sofridas. Esses fatores acrescidos da falta de um acompanhamento psicológico e a mora processual pode culminar na repetição da violência. Destarte, observa-se que apenas as leis não suprem a latente necessidade de mudança de atitude tanto dos agressores quanto das vítimas. É necessária uma educação efetiva que modifique a consciência individual e social das pessoas.
No quinto item, Bonfim afirma que, a ideia de fragilidade e sensibilidade feminina e a visão de homem forte que reprime seus sentimentos desemboca numa série de transtornos psicológicos. Essa visão da sexualidade é fortemente influenciada pela família, assim, o que também perpetua comportamentos agressivos é a frequência de brigas, discussões e agressões feitas pelos pais na frente de seus filhos, que mesmo inconscientemente, influenciará na maneira com que eles se relacionarão com seus futuros parceiros, portanto, a referência de carinho deve dar de ambas as partes (pai e mãe) e entre eles também, para que a subjetividade dos filhos não seja enrijecida. Dessa maneira quebra-se o tabu citado e igualiza os gêneros no que se refere aos sentimentos como amor e dor, humanizando-os. Ainda nesse item, evidencia-se que a violência contra a mulher também diz respeito a questão da divisão de classes, aquelas que possuem menores condições econômicas são mais afetadas, pois a falta de estudo e condições para se manter, faz com que ela se sujeita à violência, para que possa dar o que comer aos filhos.

Nas considerações finais, sintetiza-se os itens, com olhar voltado a opressão sofrida pela mulher, que tem raízes profundas e consolidadas pela sociedade machista, formando pessoas com uma subjetividade destrutiva. Enfatiza-se, ainda mais a relevância da família na questão de gênero, uma vez os pais, sendo referência, determinam e formam identidade dos filhos e também a importância da escola na desconstrução de preconceitos e papeis de gêneros, através da formação de uma consciência crítica, que pode mudar a mentalidade das pessoas, tornando homens e mulheres independentes e com relações pautadas no respeito, no amor e na liberdade.

A autora utiliza-se do método de abordagem qualitativa de caráter histórico-bibliográfico.

Este artigo pode ser indicado para todas as pessoas que desejam ampliar seus conhecimentos sobre sexualidade.
  



Relembrando alguns registros de reuniões do GEPES do 1. semestre de 2019





MARÇO 2019

Reunião Presencial do gepes 30 de março de 2019




ABRIL 2019

O grupo ministrou 6 palestras em 2019, sendo:

- uma no primeiro semestre para o 1. período de Direito da Faculdade Dom Bosco sobre "Aspectos legais, sociais e educacionais da Violência contra a Mulher";


 
- uma para o curso de Pedagogia ministrada nos dias 09 e 10 de março de 2019.



- uma para o Curso de Fisioterapia - as palestras foram ministradas para os calouros com intuito de apresentar aos calouros o trabalho do GEPES PET, além de simultaneamente prestar uma homenagem às mulheres presentes e levar informação.




  
- Duas no segundo semestre para o 2. período de Pedagogia da Faculdade Dom Bosco sobre o "Desenvolvimento Psicossexual"; e outra para os discentes do Magistério do Colégio Estadual Aídes Nunes da Silva em Congonhinhas- PR, no dia 08 de novembro de 2019, sendo esta atividade considerada como fundamental para a formação de valores éticos e para a divulgação do PET.
Considera-se a extensão essencial, pois através dela, realiza-se a socialização dos conhecimentos adquiridos pelos Petianos e Petianas à comunidade interna e externa. Cientes da premissa do próprio PETMEC, que Ensino, Pesquisa e Extensão são indissociáveis, e que os Petianos e Petianas devem ser multiplicadores do conhecimento, a tutora e os petianos estarão ofertando palestras sobre educação sexual para os alunos da instituição e para a comunidade em escolas ou outras instituições sociais. Pressupõe-se, que é através das atividades de extensão que a Universidade cumpre um de seus papéis essenciais buscando atender as necessidades da comunidade externa e contribuir para amenizar problemáticas e desigualdades sociais, em especial, da diversidade e questões de violência, saúde, bullying e outras temáticas.



No dia 16/04 de 2019, a petiana Bia Luz, aplicou seu projeto de extensão no colégio André Seugling para os alunos do 8° ano, o tema foi a reconstrução do conto de fada Cinderela visando o empoderamento feminino, desconstruindo a visão de que a mulher é um ser frágil que precisa de um príncipe príncipe que a salve e para ser feliz.











Participação -  no Apresentação VI SIES: Gêneros, Sexualidades e diferenças: categorias de análise, (des)territórios de disputas no período de 24 á 26 de abril de 2019, realizado pela UEM(Universidade Estadual de Maringá.  

- LUZ, Maria Beatriz. B. N; BONFIM, Cláudia  Ramos de Souza. A CONSTRUÇÃO DA MULHER: ENTRE A BIOLOGIA, A CULTURA, A EDUCAÇÃO E OS CONTOS DE FADAS. Apresentação na modalidade comunicação oral no VI SIES: Gêneros, sexualidades e diferenças: categoria de análise, territórios de disputas, realizado na Universidade Estadual de Maringá, no período de 24 á 26 de abril de 2019.




   
-  OLIVEIRA, Fabíola Alves. A; BONFIM, C. R. S. VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA. Evento de Extensão VI SIES: Gêneros, Sexualidades e diferenças: categorias de análise, (des)territórios de disputas no período de 24 á 26 de abril de 2019, realizado pela UEM(Universidade Estadual de Maringá.  




  


MAIO 2019

 Participação e ou Apresentação de Trabalho no IV Simpósio Nacional de Pesquisas em Filosofia e Educação, Realizado nos dias 17à 18 de maio de 2019, na UNICAMP, Campinas/SP.

- OLIVEIRA, Fabíola. Alves; BONFIM, Cláudia. R. S. SOUZA NETA, Maria Rosa Oliveira; LUZ, Maria Beatriz Nascimento. ; OS DIREITOS LEGAIS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA COMO SUPORTE PARA GARANTIR A EDUCAÇÃO SEXUAL DE PESSOAS SURDAS, no IV Simpósio Nacional de Pesquisas em Filosofia e Educação, Realizado nos dias 17à 18 de maio de 2019, na UNICAMP, Campinas/SP. 


- BONFIM, Cláudia Ramos de Souza ; BONFIM, C. S. A EDUCAÇÃO EM SEXUALIDADE COMO UM DIREITO HUMANO. No IV SIMPÓSIO NACIONAL DE PESQUISAS EM FILOSOFIA E EDUCAÇÃO. Promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas PAIDEIA, em co-realização com a Faculdade Católica do Rio Grande do Norte (FCRN), a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e o Instituto dePesquisas e Promoção dos Direitos Humanos (INPPDH) - UNICAMP. Realizado nos dias 17à 18 de maio de 2019, Campinas/SP. 



- LINO, Amábla. G. G. ; SOUZA, A. M. ; BONFIM Cláudia Ramos Souza. Revenge Porn como violação dos direitos humanos e princípios fundamentais no IV Simpósio Nacional de Pesquisas em Filosofia e Educação,Promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas PAIDEIA, em co-realização com a Faculdade Católica do Rio Grande do Norte (FCRN), a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e o Instituto de Pesquisas e Promoção dos Direitos Humanos (INPPDH) - UNICAMP. Realizado nos dias 17 à 18 de maio de 2019, Campinas/SP.


-  RODRIGUES, Sirley. R.; RODRIGUES, Séfora. R. BONFIM, Cláudia. R. S. DIREITOS HUMANOS APLICADOS NABIOÉTICA: A RELAÇÃO NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA. IV SIMPÓSIO NACIONAL DE PESQUISAS EM FILOSOFIA E EDUCAÇÃO. Promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas PAIDEIA, em co-realização com a Faculdade Católica do Rio Grande do Norte (FCRN), a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e o Instituto dePesquisas e Promoção dos Direitos Humanos (INPPDH) - UNICAMP. Realizado nos dias 17à 18 de maio de 2019, Campinas/SP.



JUNHO 2019

PET GEPES no evento do Coreto no dia 08 de junho de 2019

O curso de PET GEPES  com as alunas de Pedagogia também este presente na atividade de campanha de Incentivo à leitura deste sábado, com um cantinho da leitura e pinta cara. Parabéns às alunas participantes, à professora Camila Domingues, à coordenadora Cláudia Bonfim e às petianas Bia Luz e Fabíola Alves pela organização e participação na atividade.


























Resenha da petiana Hellen do livro "Educação Sexual e Formação de Professores: da Educação Sexual que temos à que queremos"


ENTRE A EDUCAÇÃO SEXUAL ABORDADA ATUALMENTE NA DOCÊNCIA E EDUCAÇÃO SEXUAL QUE ALMEJAMOS NO ENSINO: REFERÊNCIA HISTÓRICAS, SOCIAL E ABORDAGEM DISCIPLINARES


SANTOS, Hellen Henfrill Ribeiro
Acadêmica do Curso de Pedagogia
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB)

Coordenadora: Prof.ªDra. Cláudia Bonfim
hellenhenfrill@gmail.com






BONFIM, C. EDUCAÇÃO SEXUAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: Da educação sexual que temos a educação que queremos. João Pessoa: Editora Universitaria da UFPB, 2010.


A autora Cláudia Ramos de Souza Bonfim possui pós-doutorado em Educação na área de História, Filosofia e educação pela UNICAMP, Doutora na área da educação pela mesma instituição, Licenciada em Biologia pela Faficop/Uenp, especializada em Metodologia e Didática do Ensino e Doutora em educação. Atuou como orientadora educacional nos cursos de Educação Física (licenciatura), Pedagogia, Direito e administração, além da ampla experiencia em orientação de monografias em cursos de pós Graduação, exerceu também como professora na educação básica no munícipio de Cornélio Procópio-PR. Atualmente é Pesquisadora Colaborativa do Grupo Paideia (FE- UNICAMP). Foi Vice-Presidente da Associação Brasileira de Educação Sexual (ABRADES), atualmente é Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB) e Coordenadora geral da instituição de ensino Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco. Além da obra aqui resenhada aqui, é autora do livro Desnudando a Educação Sexual, lançando em 2012, pela Editora Papirus de Campinas-SP possuindo 144 páginas, tendo ainda  diversos artigos publicados sobre o tema sexualidade e educação sexual em variadas plataformas e/ou banco de dados científico e mais dois livros publicados individualmente sobre a temática da educação e sexualidade.
A obra alvo tratada aqui surgiu a partir da tese de Doutorado, possuindo 261 páginas divididas em três capítulos, onde a escritora teve como objetivo naturalizar a sexualidade como componente integrante de todo ser humano, trazendo reflexões de como é dado essa formação sexual e como essa formação reflete em um ser já desenvolvido e dotado de seus conceitos e opiniões, pautando a responsabilidade das instituições de ensino e profissionais da educação que consequentemente afetam essa formação, abordando como é tratado o tema educação sexual nas Instituições de Ensino superior (com enfoque na área das Ciências Biológicas) na formação de futuros profissionais da educação que  como consequência profissional irão formar outros profissionais de diversas áreas, carregando consigo o que foi lecionado durante a graduação, a partir disso faz-se necessário uma correta orientação sobre o conteúdo para que configuremos profissionais capacitados, capazes de abordar diversos temas antes considerados tabu que por esse motivo não eram debatidos a fundo durante a graduação, interferindo de maneira positiva na formação de profissionais cada vez mais dotados do saber de maneira integral. Bonfim utiliza uma abordagem de estudo qualitativa e ainda referência autores conceituados na história da literatura mundial como: Marx, Laplante, Parker, Reich, Foucault entre outros.
No primeiro capítulo, Bonfim traça um parâmetro histórico social sobre a sexualidade, a origem conceitual e os elementos influenciadores que resultaram na construção histórica, política e cultural da sexualidade humana. Inicialmente sofria intervenção de cunho religioso onde se fazia presente a repressão religiosa quando não atribuído a prática ou a ideologia de acordo com os dogmas e preceitos pregados, influenciando diretamente no comportamento e na educação sexual pois privava-se o direito do pensar e refletir, limitando e condicionando o intelecto a uma condição de ausência de autonomia. Outro componente, seria o capitalismo, que influencia como ferramenta de banalização. A autora ainda aponta que a educação elitista limita  o acesso  da classe trabalhadora ao conhecimento científico, que são destinados teoricamente a grupos privilegiados, ou seja, à classes dominante. Apresenta ainda, o uso de mídias sociais como influenciador em massa traçando padrões de comportamento e pensamento, onde quem não se adequava sofria uma rejeição. Esses fatores limitaram a sexualidade a um olhar exclusivamente biológica e genital afastando de suas potencialidades, o que repercute até os dias atuais.    
No capitulo dois, a autora amadurece e desenvolve a ideia da presença da sexualidade no desenvolvimento humano, esse desenvolvimento se inicia na infância podendo ser alterado por estímulos intrínsecos e extrínsecos que irão resultar e moldar o adulto que essa criança  se tornara, apresentando ainda as consequências negativas que essa falta de estímulos podem trazer futuramente a essa criança passando isso de gerações em gerações, pois apenas amadurecemos aquilo que foi ensinado de acordo com a realidade individual. Bonfim destaca o papel da escola que deve promover esse conhecimento, superando o senso comum pelo conhecimento científico, promovendo diálogos,  principalmente sobre temas que são tabus, de forma que, sejam naturalmente abordados e aprofundados de acordo com a curiosidade do aluno, atentos para que em cada idade há formas e abordagens adequadas, para não despertar precocemente a curiosidade,  que muitas vezes os discentes não estão preparados ou maduros o suficiente para ter esse tipo de reflexão, resultando possivelmente em questionamentos desnecessários ou precoces para o nível de maturidade. Além dos questionamentos teórico deve-se atentar ainda ao comportamento, considerando que a criança durante sua formação apreende mais observando as atitudes e ações do que palavras, imitando, muitas vezes, o que é feito por outras pessoas e absorvendo visualmente, o que futuramente espelhará em suas práticas e atitudes. Essa é a linha tênue que a escola deve se equilibrar, entre não se ausentar da necessidade e carência de informação do indivíduo e ainda não permitir que surjam questionamentos antes da hora.
No terceiro e último capítulo, Bonfim apresenta a maneira como é tratada a sexualidade na grade curricular na formação de profissionais que irão lecionar o conhecimento aos discentes, expondo o quão pobre e limitado é abordar o tema sexualidade apenas como partes anatômicas do corpo e suas funções, afastando de suas potencialidades afetivas, o que se torna mais limitado ainda quando sabe-se que a sexualidade é algo natural do ser humano e da vida, onde desenvolver suas competências é necessário e saudável, transcendendo fatores biológicos  atingindo as habilidades de sentir, falar, se expressar, se aceitar, se construir, autoconhecer, se identificar e entender-se, interagir e manifestar-se de forma que possibilite uma vida saudável.
Bonfim, alcança seu objetivo quando busca emancipar a sexualidade dos fatores limitantes e reducionistas impostos pela sociedade, originários de tempos remotos que carregamos até hoje, abrindo horizontes para compreensão do que é natural do ser humano que vai além do básico debatido e aborda nas intuições de ensino fundamental e do que é ensinado aos professores. Torna-se então uma leitura primordial para futuros professores, para que possam saber como abordar o tema e explorar sua máxima, abordando de fatores físicos, debatendo e instruindo sobre o amor, o sentir e todas habilidades que compõe a sexualidade, formando seres humanos melhores e bem resolvidos. Recomendo a leitura ainda, a quem não se limita ao que é superficial, a quem busca conhecimento através de questionamentos, aos seres que se aprofundam e descontroem seus antigos preceitos aceitando e adotando novos parâmetros de visão de mundo.     
   

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Resenha elaborada pela Petiana Janaína do Livro "Educação Sexual e Formação de Professores: Da Educação Sexual que temos à Educação que queremos"


SEXUALIDADE E SEUS DIZERES NA EDUCAÇÃO

TEODORO, Janaína
Acadêmica do Curso de Direito
Bolsista membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB)

Coordenadora: Prof.ªDra. Cláudia Bonfim




BONFIM, C. EDUCAÇÃO SEXUAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: da educação sexual que temos à educação que queremos. João Pessoa: Editora Universitária Da UFPB, 2010.
A autora é pós-doutora e doutora em Educação na área de História e Filosofia pela Unicamp, Cláudia Bonfim é Licenciada em Biologia pela Faficop/Uenp, onde também se especializou em Metodologia e Didática do Ensino e cursou o Mestrado em Educação. Tem também título de especialista em Educação Sexual pela Abrades. Atua como professora universitária na Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco na cidade de Cornélio Procópio, onde coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES PET MEC FDB). Foi vice-presidente da Associação brasileira para a Educação sexual e autora do livro Educação Sexual e Formação de Professores: Da Educação que temos a Educação que queremos e deste livro que estamos resenhando, e tem mais dois livros individuais publicados: “Desnudando a Educação Sexual” e “A condição histórica da mulher: contribuição da perspectiva histórico-crítica na promoção da educação sexual emancipatória”, entre outras obras coletivas e artigos publicados.
A obra consta 262 páginas e esta divido em três capítulos, onde a autora nos esclarece sobre sexualidade e orientam professores, pais e alunos que o referido tema é um assunto a ser tratado com naturalidade e clareza e assim quebrar as barreiras do preconceito ou vergonha. Bonfim tem por base autores como Foucault, Marcuse, Marx, Freud, Reich, entre outros.
O livro decorre de pesquisa bibliográfica e das experiências da mesma como educadora. As referências que Bonfim cita em seu livro são várias, porém as que mais se destacam são as de Nunes, Foucault, Guimarães, Galeano, Silva, Louro, Moreno.
            No primeiro capítulo, Bonfim busca esclarecer o contexto histórico, político e teórico da sexualidade no âmbito de ensino, também neste capitulo a autora traz a baila grandes autores com seus estudos sobre a sexualidade, formação, tradição e principalmente a religião; a igreja com seus dogmas entendiam que sentir prazer ou algo parecido era considerado um ato pecaminoso e fora de contexto. Em um primeiro momento, percebe-se que, tais estudos eram apenas para entender a sexualidade e compreender a biologia do sexo, ou seja, a funcionalidade dos órgãos.
            Após esta fase, foram desenvolvidos estudos nas relações conjugais, pois o sexo com prazer estava presente na vida das pessoas e ter relação sexual deixou de ser apenas para procriação e sim para a satisfação dos desejos.
           
            No segundo capitulo, a autora busca analisar as relações entre a organização do sistema de Ensino Superior, políticas de formação de docentes com a questão educação sexual. Com a reforma pombalina da educação, onde o sistema jesuítico passou a ser conduzida pelo estado, na década de 1960 foi implantada nas escolas a educação sexual, na qual crianças a partir dos onze anos já tinham acesso sobre a parte biológica e reprodução humana.
            Com a aplicação do conteúdo sobre reprodução humana, naturalmente despertou entre os alunos a curiosidade sobre a sexualidade, alguns professores se aprofundaram no assunto e em contra partida houve suspensão dos mesmos e até expulsão de alguns alunos. Por tempos, a sexualidade era reprimida, vista com maus olhos, pois se tratavam de um sistema biológico com fim de reprodução humana e em conseqüência muitas doenças chegaram e juntamente com elas a AIDS, no Brasil, a educação sexual passou a ser discutidas nas escolas como método preventivo; com o passar dos anos esse tabu foi sendo quebrada, a educação sexual foi sendo inserida nas escolas e faculdades de uma forma menos conservadora e de natureza esclarecedora.

            No terceiro capitulo, a autora busca abordar a questão educação sexual dentro da formação de docentes na disciplina de Ciências Biológicas; também percebemos que a sexualidade tem grande relevância na vida dos indivíduos e que não pode ser tratada somente com cunho biológico de reprodução, pois cada ser busca dentro de si o real prazer, a liberdade de viver suas mais intimas emoções. É de suma importância esclarecer que a sexualidade deve ser trabalhada de maneiras diferentes em cada fase de nossas vidas, nas escolas tem que ter certo cuidado ao abordarem sobre o assunto e ao mesmo tempo agir com naturalidade, porque criança aprende através de gestos e ações. Por fim a autora quer nos mostrar que a sexualidade é algo natural e não somente o sexo biológico entre homem e mulher para reprodução. Com os avanços da tecnologia, descobertas e também da humanidade a questão sobre sexualidade, liberdade sexual e conhecimento intimo se tornará um assunto agradável e natural, ou seja, deixará de ser visto com certos receios ou preconceitos.

            Esta Obra é indicada para pais, acadêmicos nas diversas áreas, linguagem simples; não recomendo para menores de dezesseis anos.