sábado, 3 de dezembro de 2011

Resultado Processo Seletivo GEPES PET MEC

EDITAL Nº.      002/2011

RESULTADO PROCESSO DE SELEÇÃO DOS ALUNOS BOLSISTAS DO GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÇÃO E SEXUALIDADE (GEPES)

 A Pró-Reitora PET, e a Comissão do Processo Seletivo do GEPES-PET-MEC-CAPES, formada pelo Prof. Esp. Livaldo Teixiera da Slva (Coordenador do Curso de Pedagogia) e pela Coordenadora/Tutora responsável pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade – GEPES PET-MEC-CAPES Profª Dra Cláudia Bonfim da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco de Cornélio Procópio no uso de suas atribuições:

DIVULGA


            Resultado do Processo Seletivo de Bolsistas para participar do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexual (GEPES), da Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio-PR, inserido no Programa de Educação Tutorial do Ministério da Educação (MEC) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

1) Ana Maria de Oliveira Busquim - Licenciatura em Educação Física
2) André de Souza Santos - Licenciatura em Educação Física
3) Cintia Silva Cezário -  Licenciatura em Educação Física
4) Eliane Marçal de Faria – Pedagogia
5) Graziélle Cristina Basso - Pedagogia
6) Isabella Matsumi Oyamada – Direito
7) Jennifer Karoline B de Araújo – Direito
8) Maria Angélica Caciola - Pedagogia
9) Marissa Cacciolari Petrus - Licenciatura em Educação Física
10) Roger da Silva - Licenciatura em Educação Física
11) Rovana França de Oliveira
12) Thais Raffaela dos Martyres - Farmácia

OBS:

·         Os alunos bolsistas selecionados, serão convocados posteriormente para assinarem o termo de compromisso MEC/CAPES e efetuarem cadastro junto ao MEC. Após a homologação serão contemplados com uma bolsa do PET-MEC quando passarão a receber mensalmente mensalmente o valor compatível com a Política Nacional de Iniciação Científica.


Publique-se:
Cornélio Procópio, 02 de dezembro  de 2011.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

AS DISCUSSÕES ACERCA DO CASAMENTO HOMOSSEXUAL



                                                                                        JACOMO, Johayne Pacheco
                                                                                    Acadêmica do Curso de Direito
Faculdade Dom Bosco
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Bolsista do GEPES-PET-MEC-FDB-CAPES
Orientadora: Profª Dra Cláudia Bonfim

MEDEIROS, J. L. R de et al. Estado Democrático de Direito, Igualdade e Inclusão: a Constitucionalidade do Casamento Homossexual.  Revista Brasileira de Direito das Famílias e Sucessões. 5. ed. Porto Alegre: Magister BH, 2008, p 75.

          Jorge Luiz Ribeiro de Medeiros é advogado, mestre em Estado, Direito e Constituição pela Universidade de Brasília, atualmente é professor universitário em Brasília.  A presente resenha baseou-se no item um do capítulo Teses e Dissertações, denominado Estado Democrático de Direito, Igualdade e Inclusão: a Constitucionalidade do Casamento Homossexual  do Livro Revista Brasileira de Direito de Famílias e Sucessões. Item este, elaborado por Medeiros
Sentimentos não são dogmáticos. É impossível minimizar formas de sentir, a formulas já estabelecidas como dogma, conforme a conceituação Lyra Filho, em “verdade absoluta, que se pretende erguer acima de qualquer debate, e, assim, captar a adesão, a pretexto de que não cabe contestá-la ou a ela propor qualquer alternativa”. (p.75)
Partindo dessa contestação que se segue no estudo da pesquisa elabora no Programa de Mestrado em Estado, Direito e Constituição, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, estudando como no panorama jurídico brasileiro, as formas de proteção ao casamento de pessoas do mesmo sexo são vistas de um jeito dogmático, sem que se tenham informações para fundamentar esse entendimento.
O ponto de vista limitando o acesso de casais do mesmo sexo ao matrimônio é repetida de tal forma que se enfatiza a necessidade de profissionais aptos para discutirem sobre a temática, e tomando uma divergência entre o casamento e homossexualidade.
Mesmo autores que elaboram leituras críticas acerca de posições jurídicas sobre a homossexualidade, promovem estudos homogêneos sobre o casamento homossexual.
Vê-se um dogmatismo repetitivo, na qual a doutrina entende que é impossível o casamento homossexual.
Distintos modos de sentir, enfatizando o projeto de vida em comum, se fixam, e distribuem o reconhecimento pela sociedade e pelo direito em relações entre pessoas do mesmo sexo.
O amor que agora se apresenta mais explicitamente conforme destacável na Parada do Orgulho Homossexual de São Paulo, realizada pela Associação do Orgulho Gays, Lésbicas, Bissexuais e Trangêneros de São Paulo.
 Em repetidas edições  o evento enfatizou o importante papel que o direito pode exercer em cima de tais discussões e de tais temáticas (o casamento homossexual). Slogans como “direitos iguais, nem mais nem menos” e “Homofobia é crime – Direitos Sexuais são Diretos Humanos" revelam a importância do direito para a firmação desses grupos.
O começo para a partida dessa abordagem jurídica se encontra nos princípios de igualdade e liberdade, conforme previstos no contexto de Estado Democrático de Direito, tal como esses princípios conferem a elementos construtivos da identidade de cada cidadão, e de sua orientação sexual.
Para esta discussão é indispensável considerar o ritmo entre tais princípios e institutos e conceitos referentes ao Direito de Família, à proteção a relações de afeto, partindo do contexto que marca movimentos de constitucionalização do Direito Civil; e reconstrução do Direito de Família.
A constitucionalização do Direito Civil começa a partir de uma leitura de Lôbo (2004, p.77) “o processo de elevação ao plano constitucional dos princípios fundamentais do Direito Civil, que passam a condicionar a observância pelos cidadãos, e a aplicação pelos tribunais, da legislação infraconstitucional”.
Enfatiza-se outro jeito de ler e restringir direitos e garantias fundamentais reservados constitucionalmente a reformulações restritivas que se fundamentam no Código Civil, deixando de lado os princípios constitucionais.
A reconstrução do Direito de Família se fundamenta em ultrapassar a leitura patrimonialista das relações familiares, com o foco de possibilitar as variadas formas conjugais e familiares viventes e a função da relação de cada sujeito, tendo como embasamento jurídico a fixação de princípios constitucionais.
Averiguando-se, uma procriação eudemonista[1] de família, na qual ”não é mais o individuo que existe para a família e para o casamento, mas sim a família e o casamento e que existem para o seu desenvolvimento pessoal, em busca de sua aspiração à felicidade”. (p.77)
No entanto, se faz essencial pensar e repensar em conceitos tão óbvios não são interpretados corretamente, não são esclarecidos, como as idéias de igualdade, liberdade, reconhecimento e autonomia.
Nesse significado é fundamental destacar que a procriação de uma comunicação entre a tradição e os princípios constitucionais contemporâneos, é espelho de uma concepção de direito como inteireza.
O Direito como inteireza se confesse habituando ao modelo de Estado Democrático de Direito, previsto na Constituição e compreendido no interior de decisões em procedimentos institucionalizados. Centra-se em um procedimento democrático que permite o dialogo entre distintos pontos de vista sobre o mundo.
São esses procedimentos e suas possibilidades que assegurar a participação no jogo democrático, possibilitando a reformulação desse poder comunicativo, proveniente da esfera publica e da sociedade civil, em um prestigio administrativo, por meio da transição por filtros institucionalizados.
Para que esses procedimentos possam ser aperfeiçoados, obriga-se a necessitar um debate equiprimordial da proteção à esfera privada e à atuação do cidadão, do individuo, de modo a que se desenvolva sua convicção sobre o mundo e sobre o bem, autorizando uma livre elaboração da identidade individual desse cidadão, dentro da qual se acrescenta sua orientação sexual, ao mesmo tempo em que conhece como um encarregado moral apto a atuar publicamente.
A equiprimordialidade de tais liberdades autoriza o livre exercício da pluralidade, a adaptação da identidade homossexual. Para isso é preciso uma proteção dinâmica das distintas procriações privadas sobre o mundo, que percorre pelo reconhecimento do suporte jurídico aos relacionamentos de pessoas do mesmo sexo.
Com o reconhecimento de direitos individuais se tem a geração de um auto-respeito.
Na área do Direito a quebra do auto-respeito se revela o acesso a direitos, no caso homossexual reflete a negativa de ser portador concretos de direitos abstratos ou pela negativa do reconhecimento jurídico.
Se perde a aptidão de mencionar a si mesmo como igual dentro da interação social, lesando o exercício de uma autonomia privada e de uma autonomia publica, ao classificar o homossexual como inferior.
Para que isso se realize é preciso que ocorra um processo de inclusão que respeite essas visões exatamente por elas serem distintas.
A analogia constitucional submete-se de um abstracionismo normativo, do estudo das diferenças existentes partindo de uma concepção de tratamento igualitário resultante da proteção constitucional.
Após essa abordagem, é preciso ainda relatar adequação a princípios constitucionais de outras formas jurídicas que ajudariam a promover o reconhecimento das relações entre pessoas do mesmo sexo.
A partir dos projetos internacionais de Parcerias Domésticas Registradas, mote do Projeto de Lei n. 1.151/95, que visa estabelecer a parceria entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, cria-se o sentimento guetificado, gerador de insuficiências em um plano de analise e livre exercício das formas de organização dos projetos de vida compartilhados.
O sentimento guetificado vai contra a reformulação do Direito de Família, na medida em que se centra nas relações patrimoniais.
Partindo dos estudos trabalhados, mostra-se a objetivação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, explicando que seu reconhecimento independe de alteração legislativa ou constitucional, conforme seu significado desenvolvido dentro do paradigma do Estado Democrático de Direito.
A leitura deste texto é indicada para todos os cursos de graduação e pesquisadores interessados na temática da diversidade sexual.






[1] “O eudemonismo (do grego eudaimonia, "felicidade") é uma doutrina segundo a qual a felicidade é o objetivo da vida humana. A felicidade não se opõe à razão mas é a sua finalidade natural. O eudemonismo era a posição sustentada por todos os filósofos da Antiguidade, apesar das diferenças acerca da concepção de felicidade de cada um deles.” Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Eudemonismo

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Resenha do Livro: Dançando na Escola


DANÇA UMA FERRAMENTA PARA CIDADANIA

JANDOZO, Marissa Cacciolari Petrus
Acadêmica do Curso de Educação Física
Faculdade  de Ensino Superior Dom Bosco
Membro do GEPES-PET-MEC-FDB
(Grupo de Pesquisa em Educação e Sexualidade)
Coordenadora: Profa. Dra Cláudia Bonfim


MARQUES, Isabel A. Dançando na escola, 4. ed. São Paulo,SP: Cortez, 2007.
  
Izabel A. Marques, formada em Pedagogia, fez Mestrado no Laban Centre (Londres) e doutorado na Faculdade de Educação da USP. Pioneira no Brasil na sistematização e pesquisa na área de ensino de dança. Tem vasto trabalho que interliga a pesquisa, o ensino e a produção artística no Brasil e no exterior. Assessorou a SME-SP (gestão Paulo Freire), o MEC e a UNESCO na redação de documentos para a introdução da dança no currículo escolar no Brasil e na América Latina. Foi professora da FE-UNICANP, da Universidade Anhembi Morumbi e convidada da ECA-USP. Ministra cursos de pós-graduação em várias universidades do Brasil. Fundou e dirige o Caleido Cia. De Dança, em 1996, com trabalho exclusivo de dança e educação. Autora do livro Ensino de Dança Hoje, em sua segunda edição, pela Cortez Editora. Em 2001, com o poeta Fábio Brazil, fundou e dirige o Caleidos Arte e Ensino, ministrando cursos, prestando assessorias e desenvolvendo trabalhos nas áreas de dança e educação.
O livro aborda indagações sobre como/quem /onde/para quê a dança é oferecida, busca entender se a escola é um local adequado para que seja desenvolvida a dança com comprometimento, amplitude, qualidade, responsabilidade e profundidade.
“A escola é hoje, sem dúvida, um lugar privilegiado para que isto aconteça e, enquanto ela existir a dança não poderá continuar mais sendo sinônimo de “festinhas de fim de ano”” (MARQUES, 2007, p.17)
O ensino de Arte no Brasil tem sofrido consequências, no passado era relacionada ao trabalho manual e também à condição escrava. Sendo que a dança como uma arte trabalhada diretamente com o corpo. Para os seguidores da pedagogia tradicional, os aspectos transformadores e criativos da dança ainda os assustam. Apesar de o Brasil ser um país onde a dança está presente fortemente na cultura, ela é desfalcada no ambiente escolar.
O ensino de dança na escola é muito criticado pelos pais dos alunos (gênero masculino), que tem uma visão pequena de que a dança está ligada a delicadeza, sendo que em nosso pai há muitos grupos de dança, trios elétricos formados por homens.
Outro ponto a ser mencionado é o receio de se trabalhar com o corpo. Sendo a dança ou o próprio corpo, continuam cobertos por um mistério que a sociedade não conseguiu explorá-los, e tão pouco entender seu significado e seu sentido no contexto educacional.
Também podemos apontar certo preconceito voltado para a arte e os artistas na nossa sociedade.
“Arte ainda é em muitos casos sinônimo de excentricidade, de loucura. Uma dança que não seja codificada (como o balé, o flamenco, uma dança popular) para os desavisados, ainda está relacionada à “suruba”, a uma quase libertinagem, á irracionalidade”. (MARQUES, 2007, p.21)

A dança no seu âmbito escolar contribuiria de maneira que os alunos nessa aula pudessem relaxar soltar as emoções, estrvasar os sentimentos, assim a dança se tornaria um meio para esquecer os problemas. Mas ainda são frequentes os trabalhos que visam o trabalho de coordenação motora.
Na dança é possível que o aluno aprenda não só apenas por meio de palavras, mas também através de imagem e movimento. Ela também nos proporciona sermos presentes, crítico e participantes na sociedade atual.
Nas aulas de dança mesmo que inconscientes aqueles que não atendem a expectativas podem transformar essas aulas em verdadeiros campos de concentração. Por outro lado, também podemos criar uma visão crítica, experimentada e vivida sobre a sociedade e suas relações com o modo, a mídia, a medicina.
A coordenação motora embora seja tratada em dança também poderia ser efetuada por outras áreas de conhecimento, sendo que a especificidade da dança está em tê-la como arte e não como movimento, terapia ou recurso educacional.
“A coreologia nos ensina que dança é, na verdade, uma articulação entre movimento, dançarino, som e o espaço geral” (MARQUES, 2007, p.28)
É preciso levar em conta o contexto social dos alunos para que a partir daí possa selecionar os conteúdos. Com isso o professor passa a mediar os conteúdos para seus alunos estando conectado ao universo sócio-político-cultural.
Dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais é abordado os Temas Transversais, com as possibilidades práticas de trabalho no ensino de dança.
A autora diz que só o próprio corpo já é sinônimo de expressão da pluralidade. Tanto os movimentos corporais, quanto os biótipos deixam em evidências os aspectos sócio-político-culturais.
Outro exemplo para pluralidade seriam as relações espaço-temporais dentro das danças tradicionais e nas produções artísticas teatrais, que expressão e comunicam conceitos e vivências em épocas e espaços geográficos diferentes. Na dança podemos compreender, problematizar e transformar as relações entre etnias, gêneros, idades, classes sociais e religiões dentro da sociedade.
O corpo e a dança estão diretamente ligados, mesmo assim a sociedade impõe tipos de corpos para cada tipo de dança, “os corpos ideais”. É papel de o professor explorar os tipos do corpo existente em cada escola, sendo eles diferentes por seu período histórico, localização geográfica, crenças e valores de uma época ou religião.
As relações de gênero no âmbito da dança no Brasil ainda geram muitos preconceitos, pois nela relaciona-se com o corpo, sentir, emocionar-se, intuir, ter prazer são características humanas que muitas vezes inaceitáveis em uma sociedade machista onde é sinônimo de “coisa de mulher”, “efeminação”, “homossexualismo”.
Por estar diretamente ligada ao corpo e movimento, a dança pode contribuir e muito para a orientação sexual dos adolescentes, deixando à parte a questão do que algumas danças tenham movimentos leves e não ser tão recomendada para meninos. Vejamos o lado do descobrir o corpo por meio dela, quebrar alguns tabus existentes sobre sexualidade, suas transformações até a idade adulta, e a relação de gênero não somente na escola mas também em sociedade.
Dentro do período histórico vivido pela educação, o ensino de arte é confundido com lazer e recreação dentro da escola por ainda ter um longo caminho para ser reconhecida como forma de conhecimento. A partir da LDB 9394/96 e a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o ensino da Arte nos currículos escolares começaram a ser reconhecidas.
Mesmo sendo a teoria e a prática muito distantes, é preciso reconhecer a importância da Arte (dança) como formação de uma nova mentalidade, para que essa realidade mude.
O corpo dentro da dança é um instrumento para a produção artística, o dançarino vai ter seu corpo controlado, adestro e aperfeiçoado, dentro dos padrões técnicos. Dentro desse “corpo instrumento” atrela-se a concepção de “corpo ideal”, aquele aprimorado, controlado, desde a boneca Barbie ao malhador de academia.
            Conclui-se que a dança faz parte de nossa cultura há muito tempo, mas dentro do ambiente escolar já foi muito criticada por ter movimentos caracterizados como femininos. Por isso a necessidade de ser reforçada na escola para quebrar esses tabus, e é com ela que podemos desenvolver a sexualidade, o corpo e a mente de forma subjetiva.
Após a leitura do livro pude perceber que aparentemente a autora baseasse em uma linha teórica Crítica-emancipatória. Na particularidade da obra observamos a dança como uma ferramenta social, tem a finalidade de educar para transformar os alunos em cidadãos críticos sem uma visão reducionista da cultura, do corpo e da mente. 
As idéias presentes no livro são nítidas e coerentes, tendo apoio de outros autores para ter seus próprios argumentos. A autora tem uma visão realista sobre a dança, pois mostra como era tratada a dança desde o período de escravidão até os dias de hoje, falando sobre os auges e declínios da dança dentro do ambiente escolar.
            A obra destinasse para os alunos e pesquisadores da área de pedagogia e licenciatura, e apresenta uma linguagem clara que pode ser entendida por toda a sociedade.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Resenha do livro: Sexo com liberdade


MORA, Leandra Cristina
Acadêmica do Curso de Pedagogia
 Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
GEPES-PET-MEC-FDB
Orientadora/Coordenadora: Profª Dra Cláudia Bonfim
 
MACHADO, Julio César F. Sexo com liberdade. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
            De Julio César Faria Machado, com 151 páginas, em sua 5ª edição, publicado pela editora vozes em 1994 o livro: Sexo com liberdade é um escrito que vem de encontro com a visão equivocada do sexo que temos em nossa sociedade e mostra caminhos de como superar essas visões que em nada ajudam na construção de uma conversa sobre sexualidade que realmente contribua para a boa abordagem do tema. O livro nos traz reflexões em torno da sexualidade dando caminhos de como proceder para ocorrer um ato sexual baseado em uma prática que privilegie os dois e não apenas um em detrimento do prazer do outro, a busca do sexo ideal como diz o autor é fundamental para que haja o prazer dos dois.
 O livro traz também abordagens em torno da afetividade, maturidade, responsabilidade, liberdade e independência, a afetividade podemos dizer que é um ponto muito importante na relação, pois permite que cada ser da relação tenha a devida sensibilidade para conduzir seus rumos enquanto um só. A maturidade vem de encontro com um prazer saudável baseado no crescimento de cada um para suportar os desafios do relacionamento. No tocante a responsabilidade temos de salientar que se os dois não tiverem essa qualidade o relacionamento não seguira a diante, pois não haveria a devida troca de experiências para o futuro do casal. A liberdade também é fator que desenvolve o casal em todos os seus aspectos fazendo com que nenhum se sinta no direito de privar o outro de qualquer atividade ligada ou não ao sexo. A equivalência faz com que o casal seja igual e sem ser permitido a nenhum dos dois a prevalência que se deseja fazer. A independência pode contribuir sobremaneira também segundo o autor, por ser um atributo ausente em muitos casais ela se torna a cada dia mais desejada e nem sempre adquirida.
O autor destaca a educação como fator de desenvolvimento real da sexualidade com liberdade e sem restrições de qualquer espécie. A educação nos permite segundo o autor, ir além na busca do ideal e da tão sonhada, falada e almejada justiça e paz entre homens e mulheres. Uma sociedade onde todos vivencie uma sexualidade plena e gratificante, que nas palavras do autor está ainda um pouco distante, mas algo que não é impossível de se alcançar e que se for buscado a cada dia e com afinco e responsabilidade de todas as partes virá com certeza.
Outro destaque fundamental realizado nesta obra e que nem todos estão preparados educacionalmente para a busca desse ser ideal, ou seja, é fato claro e evidente que ainda temos restrições graves, limitações como diz o próprio autor que nos fazem retroceder em muitos momentos. O sexo dessa forma passa a ser praticado de maneira errônea, com desagrados, amarguras e todo que há de ruim neste momento que por essência deveria ser prazeroso. A cada dia temos que perseguir nossas aspirações na busca por uma prática sexual mais prazerosa e menos dolorida emocional e fisicamente para que não haja rupturas entre o casal.
O livro também se destaca por nos fazer pensar nesse novo modelo sexual baseado e novos homens e novas mulheres capazes de superar as barreiras existentes e perseguirem um ideal que deve ser uma das questões mais caras da nossa vida, pois o que esta em jogo é o nosso prazer e não apenas uma brincadeirinha de criança, claro não diminuindo o valor do brincar.
Com mensagens inovadoras e sem o cunho segregador, o livro vem de encontro as aspirações de nossos casais e de nossas relações sexuais, uma abordagem colaborativa e sem apologia de qualquer natureza. Com falas precisas e sem a égide das ideologias e do falso moralismo presente em nossa sociedade o livro resgata valores e introduz novos significados para a educação muitas vezes machistas que recebemos durante toda nossa história enquanto cidadãos ditos livros, mas que na verdade estão amarrados por uma história e um modelo que exclui. Um dos depoimentos mais marcantes do livro diz respeito a essa educação machista caótica e sem fundamento que recebemos, o depoimento diz: “Agora abri meus os meus olhos a tudo de errado que vinha fazendo, sem ao menos imaginar como aquilo tudo era tão vazio e até imoral. É toda uma ideologia que a pessoa tem e que, de repente, cai tudo por terra. Não acho que devo me sentir culpado quanto aos meus atos, pois é justamente isso que a sociedade nos ensina e espera de nós. Estes novos fatos aprendidos vão contra tudo o que já me foi até então colocado. Só que eles fazem sentido dentro de mim, apesar de estarem muito escondidos e pressionados”. Este é um dos inúmeros depoimentos que o livro aborda e nos faz enxergar uma realidade triste mas que esta presente em nosso dia a dia.
 O autor termina seus relatos e considerações dizendo que sempre é tempo de aprender, de descobrir, de renovar-se, e de como é difícil alguém perceber por si só que a sexualidade humana tem um valor e um propósito bonito e saudável e que basta a cada um de nós perseguirmos esses propósitos para que alcancemos a tão sonhada prática saudável do sexo.
O livro é importante para que possamos refletir sobre os valores e benefícios da sexualidade e do ato sexual com liberdade, assim aprendemos o quanto a nossa sociedade nos faz crer que o sexo na maioria das vezes tem de ser conduzido de maneira errada.    Essa visão machista, moralista e antes de tudo pré-histórica. Enquanto profissional da educação preocupada em inserir uma nova pratica de conversas sobre o ato sexual, consideramos a leitura importante para  possamos abrir nossa mente e de nossos jovens para que eles tenham hábitos e condutas saudáveis durante a prática sexual. Temos que perseguir o ato ideal como aborda o texto para que possamos transformar nossa pratica seguindo os eixos propostos pelo autor.
Indico esta leitura a todos os que estejam preocupados em viver um novo ato sexual com mais liberdade.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

GEPES apresenta trabalho no II Colóquio de Formação de Professores da FDB



À CONVITE DO COORDENADOR DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO, O PROF. LIVALDO TEXEIRA DA SILVA, A COORDENADORA E OS PETIANOS DO GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE - GEPES-PET-MEC-CAPES-FDB, ESTARÃO APRESENTANDO SEUS TRABALHOS NA SESSÃO DE PÔSTER DO II COLÓQUIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES inserido no II SEMINÁRIO DE PEDAGOGIA intitulado:  "A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CENÁRIO PEDAGÓGICO CONTEMPORÂNEO",  A SER REALIZADO NOS DIAS 19, 20 e 21/10/2011, NA SEDE DO CLUBE OPERÁRIO EM CORNÉLIO PROCÓPIO - PR. SEGUE ABAIXO A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO.

19/09/2011 - MESA REDONDA: PÓS MODERNIDADE E EDUCAÇÃO:
Profª Dra Cláudia Bonfim - Sexualidade na Pós Modernidade
Prof. Me. Elson Alves Lima - Educação e Pós Modernidade
Profª Ma. Irene Aparecida dos Santos Scapin - Educação e Pós Modernidade
20/10/2011 - III COLÓQUIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Coordenação: Profª Dra Cláudia Bonfim
Comunicação Oral: Alunas do 8º Período de Pedagogia
Sessão de Pôsteres: Alunas do 8º Período de Pedagogia e GEPES-PET-MEC-CAPES-FDB- Grupos de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Sessão de autógrafos do livro "Educação Sexual e Formação de Professores: da educação sexual que temos à educação que queremos" - Profª Dra Cláudia Bonfim
















sexta-feira, 7 de outubro de 2011

GEPES-PET-MEC no Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana

Os alunos e a Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES – PET – MEC – FDB)  da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco, avaliado, aprovado e financiado Ministério de Educação (MEC) e pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (CAPES), dentro do Programa de Educação Tutorial (PET), coordenado pela Professora Doutora Cláudia Bonfim participaram e apresentaram os trabalhos desenvolvidos pelo Grupo no XIII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana,  realizado de 02 a 05 de outubro de 2011, na cidade de Londrina-PR. Foram  seis trabalhos aprovados do grupo e da coordenadora versando sobre a temática da Educação Sexual. A Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco que já tem ofertado um ensino de qualidade e realizado atividades de extensão, agora também passa a ser referência na área da pesquisa. No congresso também foi lançado o livro "Educação Sexual e Formação de Professores: da educação sexual que temos e que queremos" da Professora Dra Cláudia Bonfim. Os trabalhos do grupo foram destaque entre os participantes que visitaram os trabalhos e parabenizaram a Coordenadora pelo trabalhos desenvolvidos pelo GEPES-PET-MEC-FDB-CAPES. 

Abaixo algumas fotos do evento!







































































































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