Tendo em vista os objetivos institucionais e os objetivos do Programa de Educação Tutorial do Ministério da Educação e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade, GEPES-PET-MEC-FDB, numa iniciativa da Coordenadora do GEPES Professora Doutora Cláudia também, com o apoio da Coordenação do Curso de Farmácia (que conseguiu a doação ao Grupo de 3600 preservativos) a coordenadora do Gepes e os Petianos realizaram no sábado de carnaval uma intervenção social de conscientização e distribuição de preservativos que terá como lema: “QUEM AMA CUIDA E SE CUIDA”.
No carnaval, cada vez mais se consolida como época de estímulo ao sexo quantitativo e banal pela mídia. Com a chegada do Carnaval a mídia é tomada por Campanhas inclusive governamentais de combate a DST´s e AIDS, que embora também importantes, acabam por estimular e reduzir o carnaval, pela associação da festividade ao ato sexual. Sabemos que a distribuição de preservativo é importante e um trabalho que se insere dentro da educação sexual, mas que por si só, são insuficientes para formar consciências, afinal temos que nos questionar até que a distribuição por si só contribui positivamente para um educação afetivo-sexual emancipatória? Considerando a prevenção um ato importante, ainda que insuficiente, o Gepes, apoiado pela Faculdade Dom Bosco e pela Coordenação Geral e Coordenação dos Cursos de Farmácia e Pedagogia, realizamos uma campanha de intervenção social que foi iniciada com uma entrevista da Professora Doutora Cláudia Bonfim e do Professor Livaldo Teixeira da Silva, na rádio FM 104, ÀS 12 h, dentro do Programa Alô Bom dia, no Giro de Notícias, para esclarecimentos à população sobre a ação, bem como, para convocar às pessoas a uma reflexão sobre a forma como a sexualidade tem sido banalizada e o sexo tem sido estimulada na sociedade e especialmente nesta ocasião. Mostrando a importância do uso do preservativo, mas especialmente da necessidade de superação da vivência de uma sexualidade meramente hedonista, banal e exacerbada, buscando conscientizar sobre a importância do uso do preservativo na relação sexual, mas especialmente da vivência afetiva e responsável da sexualidade.
Nesta época especialmente, o governo distribui milhões de preservativos em todo Brasil, como se as problemáticas da sexualidade se reduzissem apenas à prevenção de Aids, DST´s e gravidez não planejada. Como se a carnaval fosse sinônimo de sexo e não de alegria. Mas é importante esclarecermos que se sexualidade não se reduz ao ato sexual. Temos que distribuir preservativos sim! Temos que usar preservativo SEMPRE. Mas apenas isto não basta para consideramos como educação sexual. NÃO BASTA DISTRIBUIR CAMISINHA OU INFORMAR SOBRE COMO USAR O PRESERVATIVO. PRECISAMOS PROMOVER ESPAÇOS DE REFLEXÃO ALÉM DA PREVENÇÃO, VISEM CONSCIENTIZAR, ORIENTAR.
Pesquisamos na internet diversos slogans e folders de carnaval e fica claro, como as campanhas induzem ou de certa forma estimulam e acabam por reduzir carnaval a ato sexual, parece que no carnaval sexo está liberado e de certa forma é aceito e estimulado socialmente. Conforme alguns exemplos nas figuras abaixo:
Buscando realizar uma crítica à estas campanhas reducionistas que vinculam carnaval com sexo banal, é que advém a escolha da nossa frase para a ação: “QUEM AMA CUIDA E SE CUIDA”, associando a ação preventiva ao afeto, para que possamos superar a ideia de sexo banal, especialmente no carnaval. Buscando superar essa visão reducionista, carnaval deve ser sinônimo de alegria, não de sexo, o que justifica a necessidade da realização do presente Projeto, que tem com objetivo promover a conscientização e a prevenção de DST e Aids, através da distribuição de preservativos, mas especialmente da reflexão sobre vivência afetiva da sexualidade.
Prof. Dra Cláudia Bonfim - responsável pelo Gepes, pela elaboração e execução do presente projeto de intervenção social: PREVENIR E CONSCIENTIZAR: Quem ama cuida e se cuida!
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