sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CORPO E SUAS DIFERENTES POSSÍBILIDADES


CEZÁRIO, Cíntia Silva
Acadêmica do Curso de Educação Física- Licenciatura
Faculdade Dom Bosco
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Bolsista do GEPES- PET-MEC-FDB


MEYER, D. et al. Corpo, Gênero e Sexualidade. 2. ed. Porto Alegre, RS: Mediação, 2008, p 19.

            Dagmar Elisabeth Estermann Meyer fez Mestrado em Educação, realizado no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, concluído em novembro de 1991. Doutorado em Educação, realizado no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, concluído em maio de 1999. Tomando como referência os campos da Educação e da Saúde, analisa processos de produção de corpos e identidades “saudáveis”, articulando gênero, raça e nacionalidade. Fundamenta-se, preferentemente, nas formulações teórico-metodológicas dos Estudos Feministas e Estudos Culturais, sob uma perspectiva pós-estruturalista.
Os autores nos socializam quanto ao conhecimento do corpo, gênero e sexualidade voltados para o campo educacional. Afirma que a escola é o ambiente onde evidência todas as dificuldades em tratar estes temas, diante das inúmeras pedagogias aplicadas, por professores um tanto desprovidos de conhecimento para auxiliar a formação dos jovens quanto a sua sexualidade.
O livro traz capítulos de diferentes autores, abordando a sexualidade e suas ramificações. Onde o corpo é identificado como expressivo, cultural, e parte importante para o desenvolvimento total do sujeito, e traz ainda que a escola não pode mais anular ou fragmentar os diversos corpos presentes em sala de aula.
Historicamente o corpo é fragmentado entre biológico e cognitivo, desqualificando o ser humano quanto a sua totalidade. No ambiente escolar os alunos são tratados como seres exclusivamente pensantes e seus corpos esquecidos. No entanto em outras perspectivas o corpo então torna se o alvo, tendo formas e simetrias previamente idealizadas pela a sociedade que o envolve.
A composição desta obra traz a perspectiva de tal fragmentação que aos poucos vai se alterando, trazendo então a visão de que corpo tanto é biológico como cultural, onde cada indivíduo traz consigo suas particularidades e características que o diferencial dos demais corpos que integram o ambiente. Segundo Aquino o corpo é cultural, sendo assim escola, família, sociedade tem grande controle sobre a sexualidade e gênero para garantir a “normatividade” dos indivíduos. De maneira que todos se enquadrem nos regulamentos previamente estabelecidos ou seja, acatar o sistema de ordem e ser heterossexual .
Agravando esta visão normativa, a mídia se revela a quem do problema, ao propagar ideias reducionistas e normativas para crianças e adolescente, em sua programação vendendo imagem de corpo ideal, ou filmes ditos inocentes más que exalam a distinção de gêneros e inibem a sexualidade destes jovens. Estes trazem ideias que não condiz com a realidade como para o caso de meninas que sonham em ser princesa e se casar com príncipe encantado, construir uma família perfeita, no entanto não traz a menina, como sujeito de sua própria felicidade, e nem permite que ela vise um papel de mulher autônoma com uma carreira profissional. Para os meninos a ideia de virilidade, força, sexo dominante.  Os autores percebem que às escolas tem aplicado uma pedagogia de forma errônea, esta minimiza os saberes e os desejos que os alunos possuem, e enfatiza a tal normatividade.
Os pontos avaliados quanto ao tipo de ensino, revela que o educador, a sociedade a família não esta pronta para encarar os desafios da nova geração para o que se refere a sexualidade e as relações mantidas por elas no meio em que vivem.   
            Aos espaços pedagógicos não implica desvendar sua ideologia e colocar outra ''verdade'' em seu lugar, más ver como locais que opera com representação significativa na formação e, incitam os indivíduos a ser e viver de determinada forma, a pensar e a sentir determinadas coisas, consumir certos produtos, tornando assim sujeitos críticos quanto as suas escolhas.
            Ao tratar do corpo como cenário a autora aborda, o papel da escola nesta perspectiva, que por sua vez, assim como em outras instituições que através da disciplina imposta aos corpos, produzem sujeitos obedientes, pacíficos, que por outro lado estes mesmos corpos procuram formas de se evadir do sistema imposto. Cabe a estes extravasar seus pensamentos, criatividade, a posição perante a situação, suas inquietações através de atitudes que a Escola trata como indisciplina.      
            A autora ainda ressalta que a Escola a par das múltiplas transformações que acontecem diariamente em todos os lugares, ainda se mantém no papel de fixar, adaptar e modelar corpo e pensamento, desde a infância. No entanto em resposta a todas essas imposições as crianças e jovens estudantes, usam do seu corpo para expressar suas ideias e pensamentos através de acessórios, roupas, artes na pele.
            O corpo então, passa a ser um espaço de propaganda contendo diversas informações, más para a autora a escola não consegui decifrar essas informações emitidas visualmente. Mantém uma pedagogia rígida que confronta a realidade vivida por estes jovens no ambiente escolar.
            Em seu discurso pedagógico, a escola propõe se a ''construir'' crianças e jovens pensantes, que saibam tomar decisões inteligentes, ser aptos a outras expectativas. No entanto na prática, a verdade é outra, na verdade ela, restringe, apaga, recolhe as singularidades, tapa os olhos para as diversidades, oprime as tais rebeldias expulsando, remanejando, aprovando e desaprovando os jovens que confrontam a ideologia que está escola implanta.
            Tendo em vista todas essas questões a autora identifica a necessidade de lutar pelo espaço do pensar, de expressar e de conviver com as diferenças, principalmente quando se trata de educação escolarizada. Ainda é necessário estudar, discutir e pesquisar sobre temas como estes.
            Muitas discussões são feitas quanto a formação de docentes, uma delas trata do disciplinamento dos corpos infantis, jovens e adultos. Lembrando que desde as séries iniciais até o nível universitário, a grade curricular, não oferece embasamento necessário sobre a temática referente ao corpo nem tão pouco sobre a sexualidade.
Diante dos estudos realizados por estes autores, remetem concluir que os professores e professoras devem utilizar essas outras pedagogias para incluir no fazer pedagógico outras linguagens, tornando-o mais conectado com aquilo que constitui os estudantes como jovens desta época, deste mundo, deste lugar, e não de outro. Trás ainda opções de inserção neste contexto, como acessar sites da internet,  onde os conteúdos abordem questões do corpo, o ser magro e esbelto, e levar estes temas para sala de aula e discutir  com os alunos . 
Assistir novelas para saber os quais assuntos seus alunos  tem acesso , como romances, homossexualidade, violência contra mulher, dependentes químicos.
Trazer para o dia-dia da escola questões sociais, não tornar os alunos seres alienados, não mascarar a realidade, más conscientizar , ensinar  e referenciar estes alunos.
            Os autores e autoras utilizam de várias obras para a construção destas ideias, como  Michel Foucault, Guacira Louro, Denise Sant'anna entre outros.
            O trabalho é desenvolvido de maneira objetiva e concisa, as ideias são claras e coerentes, trazendo a realidade dos fatos no ambiente escolar.
Indicações da obra: informar a que público se destina a obra ou a quem ela pode ser útil, como, por exemplo, alunos de determinados cursos, professores, pesquisadores, especialistas, técnicos ou público em geral. Em que curso pode ser adotada?
           Esta obra traz questões pertinentes para a educação sexual e sexualidade direcionadas para educadores,acadêmicos, pesquisadores, especialistas, técnicos e publico em geral.Tendo maior eficácia para os cursos de Licenciatura e Pedagogia.
             


  

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Resenha: Expressão Corporal: aspectos gerais


CONSTITUÍDOS POR EXPRESSÃO CORPORAL

Ana Maria de Oliveira Busquim
Acadêmica do Curso de Licenciatura Educação Física
 Faculdade Dom Bosco
Membro do Grupo GEPES PET-MEC-FDB
(Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade)


HAAS, A. N.; GARCIA, A. Expressão Corporal: Aspectos Gerais. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. 70 p.

HASS, Aline Nogueira, Licenciada em Educação Física – UFRGS (1992); Especialista em Ciências do Esporte – PUCRS (1997); Especialista no Método Pilates –The Pilates Studio (1999) e Power Pilates (2006); Doutora em Ciências do Movimento Humano – Universidade de Càdiz, Espanha (1999). Formada em ballet clássico na Escola de Dança “ Ballet Studio Maria Cristina Fragoso” (1976 a 1985). Além disso, freqüentou cursos de dança moderna e contemporânea, de dança jazz, dança de salão, dança folclórica, dança espanhola e expressão corporal. É professora da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS e coordenadora do Curso de Bacharelado; também é coordenadora e professora do Curso de Especialização em Dança da PUCRS. Publicou o livro Ritmo e Dança: aspectos gerais no ano de 2003.
GARCIA, Ângela, Licenciada em Educação Física pela UFMS/RS. Mestre em Ciência do Movimento Humano pela UFMS. Professora do Curso de Educação Física, do Curso de Graduação Tecnológica em Dança e do Curso de Licenciatura em Dança da ULBRA, em Canoas/RS. Coordenadora do Centro de Estudos e Apoio à Dança, no CEAD/ULBRA. Professora (Substituta) da ESEF/UFRGS (disciplinas: Análise Rítmica e Expressiva e Recreação 2). Professora de Dança. Bailarina. Coreógrafa. Organizadora e Autora do Livro Ritmo & Dança. Organizadora e autora de Cadernos Universitários (A Dança nos Contextos da Educação Física; Ritmo; Ludicidade e Movimento, Atividades Rítmicas Escolares; Improvisação e Expressão Corporal, entre outros). Responsável pela criação do Curso de Graduação Tecnológica em Dança da ULBRA/Canoas/RS
O livro aborda os aspectos gerais da expressão corporal nas diversas concepções, ideologias e filosofias para ampliarmos a visão sobre esse tema. É dividido em quatro capítulos. O I Capítulo apresenta brevemente um histórico da expressão corporal; o segundo aborda a expressão corporal como meio educativo; o terceiro trata sobre a expressão corporal no ensino; o quarto são propostas práticas de como trabalhar a expressão corporal.
Segundo as autoras, a expressão corporal existe desde que o ser humano surgiu no universo, onde as primeiras manifestações foram corporais utilizando a dança como um primeiro tipo de linguagem gestual. E foi no inicio do século XX, que se fez essa relação do corpo com tudo que esta vivo, é através dele que o indivíduo forma sua personalidade, desperta e potencializa a aquisição e o desenvolvimento dos sentidos como audição, tato, visão que são essenciais para o desenvolvimento humano, tanto na dimensão individual como na dimensão em grupo.
Na educação, a expressão corporal pode ser compreendida como meio didático pedagógico para trabalhar a expressividade do educando além de favorecer as atitudes e comportamentos da criança e do adolescente fora do ambiente escolar.  Os profissionais da área de Educação Física trabalham diretamente com a expressão corporal por dinamizar atividades que consideram o esforço e o interesse dos alunos. A criança passa a realizar diversos movimentos aleatórios, percebendo tudo que está ao seu redor e nesse ponto ela desenvolve uma expressão corporal natural sendo esta de forma criativa.
Entende-se então, que não podemos reprimir a espontaneidade da criança porque pode acarretar determinados problemas como timidez exagerada, medo, falta de iniciativa. Devemos tomar cuidado para não produzirmos indivíduos confusos e solitários que se sentem ameaçados pelo seu próprio medo.
Em relação ao ser humano considera-se que ele é pura expressão. Seus gestos, olhares traduzem como está o seu mundo interior com o exterior. E essa expressão é trabalhada em algumas dimensões existentes do ser humano, sendo elas na forma física, motora, cognitiva e social.
Conclui-se que a expressão corporal é uma técnica que pode ser ministrada para diversas pessoas sendo elas crianças, adultos, portadores de necessidades especiais, idosos, entre outros, e deve ser encarada com seriedade e consciência, no sentido de proporcionar atividades adequadas ao público que se destina a aula de expressão corporal, e o profissional que atuar nessa área deve ser dotado de grande sensibilidade para transmitir e formar cidadãos decididos e sem medo de se expressar.
A autora tem como base a linha crítica – emancipatória. Procura abordar a Expressão Corporal como campo educativo, pedagógico e filosófico, buscando uma contextualização com a realidade, contando com a essência da expressão corporal como qualidade de vida.
As idéias do livro são claras, dando ênfase na compreensão da expressão corporal como um campo de conhecimento e atuação fora e dentro do âmbito escolar.
A obra é destinada para os profissionais da área de Educação Física e demais interessados com uma leitura acessível e objetiva para ser entendida por qualquer indivíduo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana




Este evento reunirá participantes atuantes nas áreas da saúde, educação, assistência social, psicologia e comunicação, além de estudiosos e demais interessados nas questões relacionadas à sexualidade humana, contribuindo de modo efetivo na disseminação dos mais atuais conhecimentos sexológicos e do desenvolvimento de uma nova cultura do exercício da sexualidade junto à população. 


A Sociedade Brasileiro de Sexualidade Humana – SBRASH, promove entre os dias 02 e 05 de outubro de 2011, o XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE SEXUALIDADE HUMANA, no Hotel Sumatra, na cidade de Londrina, Paraná. 

O Grupo GEPES estará presente e vc?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Oficina de Resenha


           JUSTIFICATIVA
Tendo em vista que, um dos objetivos centrais do Programa de Educação Tutorial (PET-MEC) no qual se insere o projeto do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade (GEPES-PET-MEC-FDB-CAPES) é que os Petianos sejam agentes multiplicadores do conhecimento adquirido em suas atividades no Grupo PET, justifica-se a realização desta oficina onde os Petianos sob a coordenação da Professora Doutora Cláudia Bonfim,  irão socializar com os demais acadêmicos da Instituição seus aprendizados. 
Sabe-se ainda, que a leitura crítica e a compreensão do aluno passa pela resenha que é um dos trabalhos acadêmicos mais solicitados no âmbito da universidade, sendo está atividade de pesquisa importante para o processo de aquisição do conhecimento e sua socialização importante para outros pesquisadores que estejam na fase de uma pesquisa exploratória em busca de levantamentos bibliográficos sobre seus temas de pesquisa. Assim, busca-se oportunizar aos alunos desta instituição uma a apropriação correta de elaboração da resenha crítica, visando beneficiar sua formação acadêmica, o que justifica-se o presente Projeto.
É importante ressaltar ainda, que a Universidade alicerça-se na tríade “Ensino, Pesquisa e Extensão" e esta oficina irá contemplar estes três aspectos, visto que, os Petianos estarão ensinando aos demais acadêmicos sobre a resenha crítica. Os acadêmicos estarão pesquisando, lendo e interpretando criticamente os textos apresentados para serem resenhados, o que caracteriza uma atividade de pesquisa, e o presente projeto situa-se ainda no âmbito da extensão, que se dá através da socialização do conhecimento do Petianos para toda comunidade acadêmica. Entendendo sua importância, inclusive para o fortalecimento do Ensino e da Extensão é que a Faculdade de Ensino Dom Bosco, através de sua Direção, Coordenação do GEPES e atendendo ao Planejamento anual do grupo estará ofertando a referida oficina.
OBJETIVOS
a)    Geral
- Promover o espírito científico, a partir do aprimoramento dos sensos: crítico, analítico, lógico e resolutivo, bem como fornecer os principais pressupostos para a elaboração  de  Resenha Crítica no que se refere às normas de estruturação e apresentação.
b)   Específicos
Colaborar para o aperfeiçoamento das habilidades de leitura e de organização de estudo dos alunos(as).
Conhecer normas e procedimentos para a prática de resenha e resumo para favorecer o estudo e indicar caminhos para a pesquisa e a redação de trabalhos discentes, com embasamento científico. 
Observar e trabalhar a estrutura do texto científico para superar dificuldades quanto à realização de trabalhos de pesquisa escritos.
Oportunizar a realização de trabalhos que obedeçam às normas técnicas vigentes.Manipular dados, informações, textos, fontes de pesquisa para a produção do(a) aluno(a), dentro dos Normas da ABNT.
CONTEÚDOS
Técnicas de Resumo
Resenha Crítica – Estrutura e Elaboração
Referência Básica - Normas da ABNT
PÚBLICO ALVO
Acadêmicos da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco.Número de Vagas: 25
CRONOGRAMA
          Data:  17  de setembro de 2011       Horário: Das 14h às 16:30 h
Inscrições na secretaria da Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco